Valor do novo auxílio ainda não é consenso entre governo e Congresso

Carla Araújo

Jornalista formada em 2003 pela FIAM, com pós-graduação na Fundação Cásper Líbero e MBA em finanças, começou a carreira repórter de agronegócio e colaborou com revistas segmentadas. Na Agência Estado/Broadcast foi repórter de tempo real por dez anos em São Paulo e também em Brasília, desde 2015. Foi pelo grupo Estado que cobriu o impeachment da presidente Dilma Rousseff. No Valor Econômico, acompanhou como setorista do Palácio do Planalto o fim do governo Michel Temer e a chegada de Jair Bolsonaro à Presidência.

Do UOL, em Brasília

18/02/2021 15h04

O almoço realizado nesta quinta-feira (18) na residência oficial do Senado teve como principal assunto a retomada do contaminasse a agenda econômica.

Fontes ouvidas pela coluna afirmaram que o tema Daniel Silveira não foi abordado diretamente, mas que Lira garantiu que não deixaria os “problemas pontuais” atrapalharem a agenda econômica.

Apesar disso, ainda não há um consenso sobre o valor que será pago nas próximas parcelas. De um lado, o Congresso tenta sinalizar a importância de que se chegue a R$ 300, mas o governo pondera que é preciso avaliar as contrapartidas. No Ministério da Economia a defesa é por parcelas de R$ 200 ou R$ 250.

Participaram do encontro os ministros da Economia, Paulo Guedes, da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, e os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) e do senado Rodrigo Pacheco (DEM-MG). Também estavam presentes a presidente da CMO (Comissão Mista do Orçamento), deputada Flávia Arruda, e o senador Márcio Bittar, que é relator das PECs que permitirão uma nova rodada de pagamento do auxílio.

Guedes deve ter um novo encontro ainda nesta quinta-feira com o senador Márcio Bittar para auxiliar na redação final do relatório, que vai incluir a cláusula de calamidade.

Segundo fontes ouvidas pela coluna, apesar de não conseguirem bater o martelo sobre o valor e mesmo com a “crise Silveira no meio do caminho”, o governo e a cúpula do Congresso continuam na mesma toada de que tudo será definido “em comum acordo”.

Cronograma

Conforme Pacheco anunciou em coletiva depois do encontro, o senador Márcio Bittar deverá apresentar até segunda-feira o seu parecer.
A expectativa do governo é que o Senado possa colocar o tema em pauta ainda na semana que vem. Pacheco sinalizou durante o almoço que poderia agendar a matéria para a próxima quinta-feira.

Guedes tem reiterado que os próximos dias são decisivos para que o pagamento da nova rodada de auxílio aconteça ainda em março.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

Fonte: https://economia.uol.com.br/colunas/carla-araujo/2021/02/18/valor-do-novo-auxilio-emergencial-nao-e-consenso-entre-governo-e-congresso.htm