Empresária presa na Operação Ressonância da PF em Juiz de Fora é libertada


Empresária de Juiz de Fora foi presa durante ação da Operação Ressonância da Polícia Federal no dia 4 de julho — Foto: Reprodução/TV Integração

Empresária de Juiz de Fora foi presa durante ação da Operação Ressonância da Polícia Federal no dia 4 de julho — Foto: Reprodução/TV Integração

A empresária Daniele Cristine Fazza da Veiga, presa durante cumprimento de mandados da Operação Ressonância, deixou a Penitenciária Professor Ariosvaldo Campos Pires na tarde de sexta-feira (6), em Juiz de Fora.

Nesta ação, Polícia Federal e Ministério Público investigam fraudes na Saúde envolvendo grandes empresas. No dia 4 de julho, foram cumpridos 22 mandados de prisão e 43 de busca e apreensão em diferentes cidades do país.

A empresária foi beneficiada por um alvará de soltura, segundo a Secretaria de Estado de Administração Prisional (Seap). Procurada pela reportagem, a defesa da empresária preferiu não se manifestar no momento.

O G1 entrou em contato com a Polícia Federal no Rio de Janeiro, onde a operação foi deflagrada, solicitando informações e aguarda retorno.

Prisão

A empresária foi presa no dia 4 de julho, durante cumprimento de mandado de prisão temporária e outro de busca e apreensão dentro da Operação “Ressonância” em Juiz de Fora.

De acordo com as informações divulgadas pela PF, ela seria suspeita de lavagem de dinheiro. Pesquisas na internet apontam duas empresas no nome da empresária. Uma delas é a Moriah Comércio de Alimentos Eireli – Epp, que foi aberta em 2015 e teria como endereço uma loja em um shopping da cidade.

De acordo com uma empresa de contabilidade, a firma encerrou atividades recentemente. A assessoria do Shopping Jardim Norte confirmou que a loja fechou há alguns meses e não faz mais parte do local.

Operação Ressonância

De acordo com as informações divulgadas pela PF, delatores dão conta de que havia um “clube do pregão internacional” e que as fraudes prosperaram entre 1996 e 2007.

O juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro, expediu 22 mandados de prisão no Rio, SP, MG, além de outros três estados e no Distrito Federal (DF).

De acordo com a PF, em São Paulo sete dos oito mandados de prisão foram cumpridos durante a manhã. Um procurado estaria em Miami.

Resumo

  • São 13 mandados de prisão preventiva e 9 de temporária expedidos pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Criminal do Rio de Janeiro.
  • 43 mandados de busca e apreensão
  • Cerca de 180 policiais federais participaram da operação dos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Paraíba, Minas Gerais e no Distrito Federal
  • Soltos por Gilmar Mendes, os empresários Miguel Iskin e Gustavo Estellita têm contra si novos mandados de prisão
  • Sérgio Côrtes, secretário de Saúde de Sérgio Cabral preso com Iskin e Estellita, é intimado a depor
  • Os conglomerados atraíram empresas fornecedoras e formaram cartel para direcionar as compras de equipamentos médicos. Para tal, agiam para manter a direção no Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into)
  • O esquema duraria até dia 4 e não foi interrompido nem com a prisão do trio

Nesta ação, são investigadas 37 empresas e os crimes de formação de cartel, corrupção, fraude em licitações, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Segundo a PF, havia interesse de multinacionais em manter a direção do Into, em volta do qual criou-se o cartel para direcionar os vencedores e os valores a serem pagos nos contratos de fornecimento do Instituto.

O nome da operação é uma referência ao tipo de exame médico utilizado para diagnosticar a existência de doenças e a sua extensão.

A Operação Ressonância mobiliza o Ministério Público Federal no Rio de Janeiro, o Conselho de Defesa Administrativa, o Tribunal de Contas da União, a Controladoria-Geral da União, a Receita Federal e a Polícia Federal.

Fonte: https://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/empresaria-presa-na-operacao-ressonancia-da-pf-em-juiz-de-fora-e-libertada.ghtml