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Ministro Cedraz será relator do processo no TCU que avaliará o Orçamento
Carla Araújo
Jornalista formada em 2003 pela FIAM, com pós-graduação na Fundação Cásper Líbero e MBA em finanças, começou a carreira repórter de agronegócio e colaborou com revistas segmentadas. Na Agência Estado/Broadcast foi repórter de tempo real por dez anos em São Paulo e também em Brasília, desde 2015. Foi pelo grupo Estado que cobriu o impeachment da presidente Dilma Rousseff. No Valor Econômico, acompanhou como setorista do Palácio do Planalto o fim do governo Michel Temer e a chegada de Jair Bolsonaro à Presidência.
A presidente do TCU (Tribunal de Contas da União), ministra Ana Arraes, decidiu que o ministro Aroldo Cedraz será o responsável pelo processo que avaliará possíveis irregularidades no Orçamento de 2021.
Em seu despacho, publicado nesta quinta-feira (8), a presidente do TCU afirmou que os questionamentos feitos por parlamentares a respeito da peça orçamentária de 2012 têm uma relação “maior com o conteúdo do PLOA 2021 (Projeto de Lei Orçamentária Anual) e das contas presidenciais do mesmo exercício, cujos processos cabem à relatoria do ministro Aroldo Cedraz” e que por isso o processo deveria ser distribuído a Cedraz.
Na representação feita por parlamentares ao TCU o relator apontado era o ministro Bruno Dantas, que acompanhou o orçamento de guerra em 2020. Justamente por isso, havia um conflito sobre quem deveria ser o responsável pela análise de possíveis irregularidades no Orçamento.
No Palácio do Planalto há quem aponte que a decisão de Cedraz comandar o processo pode ser positiva, pois, segundo auxiliares de Bolsonaro, o ministro Bruno Dantas vinha apontando um posicionamento “muito contrário” ao governo.
Agora que a decisão da presidente do TCU foi confirmada, no entanto, fontes do Planalto afirmam que não há como saber se de fato a escolha será positiva, já que Cedraz estaria afirmando que usará “lupas” para fiscalizar as contas do governo.
Um Jair Bolsonaro.
Ainda sem solução
Em reuniões ao longo desta quinta-feira, segundo auxiliares do presidente, o governo ainda não conseguiu encontrar uma saída para o imbróglio do Orçamento, mas o caminha segue para que haja vetos parciais no texto aprovado no Congresso. Bolsonaro tem até o dia 22 de abril para sancionar a medida.
Os conflitos em relação ao Orçamento têm colocado o ministro sob pressão do centrão, que diz que ele não cumpriu o acordo e tenta agora se eximir da responsabilidade. No ministério da Economia, porém, a versão é de que os parlamentares cometeram excessos no valor destinado às emendas, que inviabilizam a aprovação do Orçamento.
Aos ministros, Bolsonaro avisou que será ele que vai bater o martelo e puxar para si a responsabilidade da decisão.
Fonte: https://economia.uol.com.br/colunas/carla-araujo/2021/04/08/ministro-cedraz-sera-relator-do-processo-no-tcu-que-avaliara-o-orcamento.htm