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Sem abusar da esportividade, Chevrolet Onix RS tem receita que funciona
Benê Gomes
Jornalista, produtor e roteirista, atua no setor automotivo desde 2001. É idealizador e diretor do programa Auto+, exibido pela RedeTV. Também dirige e apresenta o programa Momento Vox, no ar pela Band, e é colunista da rádio Transcontinental FM de São Paulo
No fim de 2020, menos de um ano após a chegada da sua segunda geração, o Chevrolet Onix recebeu algumas atualizações, onde o maior destaque foi a chegada de duas versões diferenciadas: Onix Plus Midnight e a Onix RS, esta com apelo esportivo exclusiva da carroceria hatchback.
A ideia da marca, claro, foi surpreender aquele que já é fã do Onix com um projeto mais provocativo e que foi bem acertado, mas limitado aos detalhes visuais. Isso porque o Onix RS não tem nenhuma alteração mecânica, a transmissão não é manual e também não foi feito nenhum ajuste no conjunto de suspensão ou no peso da direção com assistência elétrica.
Mas se tratando do Onix, essa limitação ao visual esportivo não é algo ruim, pois andando com ele a gente encontra o mesmo bom desempenho das demais versões, resultado garantido pelo eficiente motor 1.0 turbo de três cilindros de 116 cavalos e que vem sempre acompanhado da transmissão automática de 6 marchas.
Então, para quem já andou com esta geração Onix, logo vai lembrar que esse conjunto garante comportamento mais ligeiro e, com um detalhe bastante valorizado: é econômico. Segundo os parâmetros do Inmetro, com gasolina no tanque, o Onix 1.0 turbo consegue médias de 14,4 km/l na estrada e 10,1 km/l na cidade.
Visual exclusivo, mas com conteúdo reduzido
A versão RS foi posicionada no meio das mais completas, entre LTZ e Premier. Do lado de fora, tem como principais diferenciais os para-choques exclusivos, nova grade tipo colmeia, faróis com máscara negra e luz DRL, acabamento preto nas rodas aro 16, nos retrovisores, no teto – que é pintado e não adesivado – e também no chamativo aerofólio traseiro, além de saias laterais que têm a mesma cor da carroceria.
Por dentro, teto e colunas são escurecidos, o volante com base reta tem costuras aparentes, detalhe visto ainda nos bancos com tecidos também desenhados para a versão RS.
Ponto a ser observado no Onix RS – depois de curtir todos os itens visuais – é a retirada de alguns equipamentos relevantes em suas versões mais completas.
É o caso da internet 4G, carregador de celular sem fio e até a câmera de ré. Itens que agora são encontrados somente na versão de cima, a Premier, mas que, é verdade, podem ser adquiridos como acessórios nas concessionárias.
Já os seis airbags e os controles eletrônicos de tração estabilidade continuam presentes em todas as versões, assim como a nova geração do multimídia MyLink, com tela de oito polegadas.
Em questão de preço, o Onix RS tem valor na mesma faixa dos concorrentes diretos, mas custa cerca de R$ 4 mil reais a mais do que a versão topo. Então, para quem fica interessado nele, uma das contas a fazer é se realmente vale dar uma economizada e deixar de comprar a Premier, para ter na garagem uma versão com visual esportivo e um pacote menor de equipamentos.
Mas trazendo para o mundo real e observando os números do mercado, o que já pode ser confirmado é que a proposta funcionou, pois desde seu lançamento, o Onix RS vendeu bem, mas bem mais mesmo, do que todos seus concorrentes diretos. Sinal de que, para o Onix, esta receita também funciona.
Chevrolet Onix 1.0 RS Turbo: R$ 78.480
Fonte: https://www.uol.com.br/carros/colunas/bene-gomes/2021/03/07/sem-abusar-da-esportividade-chevrolet-onix-rs-tem-receita-que-funciona.htm