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Bahia apresenta laudo que contesta ofensa racista a Bruno Henrique
O Bahia encomendou uma análise de imagens feita por seis peritos em relação as denúncias de ofensas racistas a Gerson e Bruno Henrique que teriam sido proferidas pelo meia colombiano Índio Ramírez no confronto diante do Flamengo no último domingo (20).
+CONFIRA A TABELA DO BRASILEIRÃO
E o resultado obtido em relação ao caso de Bruno Henrique, já que não existem até o momento imagens conclusivas para afirmar sobre a possível ofensa contra Gerson, foi de que, na verdade, Ramírez perguntou ao camisa 27 flamenguista “Tá quanto?”. Frase essa, aliás, que seria uma reposta a outra discussão que ambos haviam tido quando do segundo gol da equipe carioca.
– Incialmente nós conseguimos ver que ele (Bruno Henrique) fala para Ramírez: “arrombado” e depois “gringo de m…”. A palavra “arrombado” também é utilizada em cima do outro jogador (Daniel) do mesmo time do Ramírez. Posteriormente, na sequência, quando vem aquela conduta de ambos os jogadores, Ramírez pergunta: “qué pasó?”. Que é o mesmo que perguntar qual é o problema, o que você está querendo. “Qué pasó” é chamar para a briga – disse o perito chileno Eduardo Llanos ao portal ‘ge’.
– Com a mão, ele faz o gesto, que significa que você é um fanfarrão, um falador, você fala o que não sabe, o que não conhece. Para irritar o jogador. E posteriormente, ele fala “tá quanto?”, “tá quanto?”, separado. A palavra correta seria “está quanto”. “Tá quanto?” significa provocar o jogador do outro time: abre os seus olhos, o placar está favorável para nós, e não para vocês. Por isso ele falou “tá quanto?”. Ou seja, veja quem está ganhando, você está perdendo. E com isso irritar e deixar ele prejudicado para continuar jogando concentrado, que é o que mais necessita um jogador de futebol – acrescentou.
Além disso, Llanos ratificou que, nas imagens analisadas, em nenhum momento é possível afirmar que o jogador do Esquadrão disse a palavra “negro” para Bruno Henrique que, em nota, já havia divulgado que não escutou nenhuma ofensa do tipo de Ramírez.
– Junto com a fonoaudióloga forense, que é especialista em leitura labial, foi constatado tecnicamente que não existe a palavra negro em nenhuma das frases faladas pelo Ramírez na discussão. Não existe. O que acontece é que você observa a forma de colocar os lábios, a projeção da boca, tudo isso vai entregar uma palavra similar ou uma que você precisa encontrar. Mas não tem indícios de ele ter falado essa palavra. A palavra negro não existe em nenhuma palavra emitida pelo jogador – finalizou Eduardo Llanos.
Fonte: https://www.uol.com.br/esporte/futebol/ultimas-noticias/lancepress/2020/12/23/bahia-apresenta-laudo-que-contesta-ofensa-racista-a-bruno-henrique.htm