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Fracassos da Ford: conheça 5 carros que ajudaram a afundar a marca
A história da Ford no Brasil, marcada recentemente pelo fechamento das fábricas de Camaçari (BA) e Taubaté (SP), tem carros memoráveis e outros nem tanto… Alguns dos veículos que a empresa lançou no Brasil foram sumariamente rejeitados pelo mercado. A maioria deles até tinha qualidades, mas o caso é que elas não atraíram consumidores.
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5 carros fracassados da Ford
O AutoPapo relembra 5 carros da Ford que foram verdadeiros fracassos no mercado. Talvez o destino da multinacional por aqui fosse diferente se eles tivessem obtido mais sucesso, não é? Confira o listão!
1. Ford Maverick
A história do Maverick se desenrola em uma reviravolta: depois que o Ford entrou para o rol de carros antigos, ele passou a ser muito valorizado pelos entusiastas, principalmente se for equipado com o potente motor 302 V8. Porém, quando novo, o modelo vendeu mal. Não por acaso, permaneceu em produção por menos de seis anos, entre 1973 e 1979.
A rejeição ao modelo é geralmente atribuída a dois fatores: o primeiro é a ineficiência do motor de seis cilindros que equipava a maioria das unidades. “Herdado” da Willys Overland, o propulsor estava obsoleto já nos anos 70 e logo ganhou a fama de beber como o V8, mas com o desempenho de um quatro cilindros. Isso, em plena ascensão da crise do petróleo!
Quer saber mais sobre a história do Maverick? Boris Feldman explica em vídeo!
O outro problema era o pouco espaço traseiro da versão cupê: nesse ponto, vale lembrar que, naquela época, o consumidor brasileiro era avesso a carros de quatro portas, preferindo massivamente os de apenas duas. A Ford chegou a lançar um então moderno motor 2.3 de quatro cilindros e uma configuração sedã, com mais espaço traseiro. Mas nada disso conseguiu salvar o Maverick.
2. Versailles e Royale
Lembra-se da Auto Latina, joint-venture formada por Ford e Volkswagen entre 1987 e 1996? Então, um dos filhos malsucedidos dessa união foi o Versailles, bem como sua versão perua, a Royale. Na verdade, esses modelos eram clones do Santana e da Quantum, com pequenas diferenças no design e no acabamento. Só que duraram bem menos, de 1991 a 1996.
Do ponto de vista técnico, não havia problema algum com o Versailles. Afinal, ele repetia as características do Santana: tinha boa dirigibilidade e mecânica robusta. O acabamento era até mais caprichado que o do “irmão gêmeo”. Mas o caso é que modelo vendeu só uma fração do similar da Volkswagen, pois os consumidores Ford não se identificaram com ele.
Isso é bastante compreensível, uma vez que, na verdade, o sedã e a perua da Ford eram simplesmente carros da Volkswagen travestidos. Também pesou o histórico do Santana, já consolidado no mercado quando o Versailles chegou. A Royale ainda pecou ao ser lançada com duas portas, para tentar se diferenciar da Quantum, justo quando o mercado passou a preferir veículos de quatro portas.
3. Escort Sedan
Não, o carro da foto não é um Verona: é um Escort Sedan. Ele chegou ao mercado em 1997, para substituir o… Verona, que, no fim das contas, era praticamente o mesmo sedã baseado no Escort, só que com outro nome. O fato de o modelo ter caído no esquecimento é só mais um indício do quão apagada foi a passagem dele pelo país.
Na verdade, o insucesso do Escort Sedan é, ao menos em parte, herança do próprio antecessor. O Verona foi lançado em 1989 e até alcançou um relativo sucesso. Mas logo sofreu com uma mancada da Ford: ao trazer a nova geração ao país, o fabricante interrompeu a produção do modelo por cerca de um ano, entre 1992 e 1993.
Esse hiato causou desconforto nos proprietários (na prática, o Verona saiu de linha e, logo depois, voltou) e impediu que o produto se consolidasse no mercado, bem no momento em que houve a abertura às importações. Para 1997, a Ford reestilizou os carros da gama Escort e os equipou com motores Zetec: o hatch e a então inédita perua fizeram sucesso e duraram até 2003. Já o Sedan micou e não passou do ano 2000.
4. Ford Courier
Primeiramente, este jornalista deixa bem claro que gosta bastante da Courier. A picapinha da Ford consegue conciliar boa capacidade de carga com grande prazer ao dirigir. Méritos da caçamba grande, da suspensão bem-calibrada, do câmbio de engates precisos e dos motores espertos, em especial o Zetec Rocam 1.6.
Mas o caso é que, apesar das qualidades, a Courier sempre foi coadjuvante na categoria de picapes compactas. E olha que, com a antecessora Pampa, a Ford disputava a liderança desse segmento. É até difícil entender o que houve de errado: mesmo com um bom produto, o fabricante perdeu uma grande fatia do mercado.
Ao contrário da Pampa, a Courier nunca conseguiu rivalizar, em volume de vendas, com a Volkswagen Saveiro. A situação ficou ainda mais difícil em 1998, quando a Fiat lançou a Strada: verdadeiro fenômeno, o modelo logo virou líder do segmento, posto que ocupa até hoje. A Courier permaneceu em produção de 1997 a 2013, mas sempre com participação pequena no mercado.
5. Ford Focus Sedan / Fastback
Eis outro dos carros da Ford que tinha muitas qualidades técnicas mas nem por isso emplacou no Brasil. O Focus hatch pode até não ter sido um campeão de vendas, mas conseguiu se estabelecer no mercado e cativar um público fiel: chegou até a liderar o segmento em 2012 e entre 2014 e 2016. Por sua vez, o Sedan jamais incomodou a concorrência.
E olha que o Focus Sedan dispunha de todas as qualidades do Hatch, com destaque para a suspensão traseira independente do tipo multibraço, sofisticação digna de segmentos superiores. A linha também exibia bom acabamento e motores potentes, em especial o 2.0 da família Duratec.
Em 2015, a Ford chegou até a mudar o nome do modelo: passou a chamá-lo de Fastback. Não adiantou. Vale lembrar que a última geração ficou manchada pelas falhas do câmbio automatizado Powershift: o Sedan, que já tinha vendas pífias, passou a sofrer rejeição ainda maior. No Brasil, a Ford vendeu o Focus de 2000 a 2019.
Bônus: Troller Pantanal
Tudo bem, a Pantanal não foi obra da Ford: o lançamento data de 2006, quando a Troller ainda era independente. Quando a empresa estadunidense adquiriu a fábrica cearense, no início de 2007, a picape nem estava mais em produção. Contudo, foi nas mãos da multinacional que a “bomba estourou”.
Durante uma bateria de testes no Campo de Provas de Tatuí (SP), a equipe de engenharia da Ford constatou o surgimento de trincas no chassi do modelo. Como a falha era estrutural, poderia não só comprometer a durabilidade da picape, mas até gerar risco de acidente. E o pior: não era viável solucioná-la com um recall.
Diante disso, a solução encontrada pela multinacional foi recomprar a Pantanal, até porque a produção limitou-se a apenas 77 unidades. Em 2008, a empresa contatou os proprietários e efetuou a ação: alguns, que não quiseram vender seus carros, assinaram um termo isentando a Ford da responsabilidade pelo problema.
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Fotos: Divulgação
Fonte: https://autopapo.uol.com.br/noticia/fracassos-ford-5-carros-rejeitados/