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Quais as montadoras que paralisaram a produção por agravamento da pandemia
Leandro Alves
Neste espaço a equipe de AutoData, sob a coordenação do diretor de redação Leandro Alves, trará os bastidores da indústria automotiva, que são de extrema importância para os negócios e o futuro do setor no Brasil e no mundo. Seu próximo carro pode passar primeiro por aqui. Antes mesmo dele existir! Conheça nosso trabalho em www.autodata.com.br
AutoData tem acompanhado de perto as decisões da indústria automotiva diante do agravamento da pandemia no País. Desde a última sexta-feira, 19, quando esta coluna sugeriu que o setor automotivo paralisasse a produção para dar o exemplo e contribuir na diminuição das contaminações, oito fabricantes decidiram reduzir ou paralisar totalmente suas atividades: Mercedes-Benz, Nissan, Renault, Scania, Toyota, Volkswagen, Volkswagen Caminhões e Ônibus e Volvo.
O desabastecimento de peças e componentes tem sido um fator importante para, por exemplo, diminuir drasticamente o ritmo de produção. A pandemia tem causado esse descompasso, assunto que já foi abordado neste espaço anteriormente. Agora, o crescimento de pessoas infectadas e as mortes nos últimos dias entraram na contabilidade de algumas empresas.
Essa ciranda à qual todos estamos presos vai trazer, obviamente, prejuízos instantâneos para a cadeia automotiva. Além de concessionárias fechadas em muitas cidades brasileiras os grandes negócios também começam a ser atrasados.
A Volkswagen suspendeu até o fim de abril o recebimento de pedidos das locadoras, e vários modelos de outras marcas estão indisponíveis para as empresas desse setor. Uma associação que representa locadoras informa que há pedidos para 200 mil veículos represados nas montadoras. E que pretende renovar sua frota comprando 450 mil veículos este ano.
No segmento de caminhões os pedidos já encaminhados para a linha de montagem só poderão ser entregues a partir do segundo semestre. E o Salão do Automóvel 2020, que deveria ocorrer em 2021, está definitivamente cancelado.
O momento é de apreensão e de muita pressão de todos os lados. Os trabalhadores, por exemplo: alguns sindicatos manifestaram junto às empresas com fábricas em suas regiões a preocupação com a manutenção dos turnos de produção. Umas atenderam aos apelos dos trabalhadores, outras ainda não.
É interessante observar que, ao contrário de outros setores, principalmente o de serviços, gravemente impactado pelas restrições de circulação, a indústria automotiva, até agora, não manifestou descontentamento com a necessidade dessas medidas.
O plano é trabalhar para que nos próximos meses, sobretudo o segundo semestre, a cadeia automotiva esteja mais preparada e consciente dos volumes que deverão ser entregues de acordo com a demanda. E é aí que mora a maior incerteza: a demanda conseguirá sair da pandemia para comprar?
Mercedes-Benz. Aderiu à interrupção de suas atividades produtivas no Brasil diante do agravamento da pandemia. As operações de São Bernardo do Campo, SP, e Juiz de Fora, MG, deixarão de produzir de 26 de março a 4 de abril, com retorno previsto para a segunda-feira, 5. Em comunicado a M-B disse que a intenção é contribuir com “a redução de circulação de pessoas neste momento crítico do País, administrar a dificuldade de abastecimento de peças e componentes na cadeia de suprimentos e atender a antecipação de feriados por parte das autoridades municipais”.
Nissan. Concedeu férias coletivas aos trabalhadores da fábrica de Resende, RJ, de 26 de março a 9 de abril. A companhia informou que busca “garantir a segurança de seus funcionários como parte do esforço de reduzir o impacto da pandemia, adaptar a empresa ao cenário atual dos desafios enfrentados pelo setor automotivo e garantir a continuidade do negócio”. A produção será retomada em 12 de abril.
Renault. Informa paralisação por quatro dias, que serão compensados futuramente: da segunda-feira, 29, à quinta-feira, 1 de abril. Como a sexta-feira, 2, é feriado nacional, o retorno será apenas na segunda-feira, 5. A decisão, “tem como objetivo contribuir para o isolamento social”. Serão mantidas apenas atividades essenciais na fábrica e as áreas administrativas seguem em home-office.
Scania. Cedeu à pressão do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e anunciou que fará uma parada na produção de sua fábrica de São Bernardo do Campo de 26 de março a 4 de abril, com retorno após o feriado da Páscoa. Serão dez dias corridos sem produzir.
Toyota. Adotou o super-feriado proposto pelas prefeituras do ABCD Paulista. A fábrica de São Bernardo do Campo não produzirá peças de 29 de março a 4 de abril. Até o fechamento desta coluna ainda não havia decisão sobre as demais unidades – Indaiatuba, Porto Feliz e Sorocaba, SP.
Volkswagen. As fábricas de São Bernardo do Campo, São Carlos e Taubaté, SP, e de São José dos Pinhais, PR, ficarão doze dias corridos sem produzir. O retorno está estimado para após o feriado da Páscoa, em 5 de abril.
Volkswagen Caminhões e Ônibus. Interromperá a produção em Resende de 29 de março a 4 de abril, em virtude das “medidas de contenção da pandemia de covid-19 tomadas pelas autoridades municipais e estaduais do Rio de Janeiro” e da “situação crítica de desabastecimento de peças”.
Volvo. Reduziu a produção de caminhões em sua fábrica de Curitiba, PR, a partir da terça-feira, 23. A maioria dos empregados da produção de caminhões ficará em casa até o fim de março, mas parte do efetivo seguirá em atividade, como o das linhas de ônibus e parte dos que estão na montagem dos caminhões, além dos do setor de distribuição de peças.
* Colaboraram André Barros, Caio Bednarski e Vicente Alessi, filho
Fonte: https://www.uol.com.br/carros/colunas/autodata/2021/03/26/quais-as-montadoras-que-paralisaram-a-producao-por-agravamento-da-pandemia.htm