É um prazer ver o Flamengo jogar

Menon

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.
Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.

27/04/2021 21h22Atualizada em 27/04/2021 21h22

Futebol tem muita tática. Tem até o tatiquês para explicar a tática. Mas não pode ser apenas isso. Futebol precisa ser lúdico. Futebol não pode esquecer que é um jogo que todos já jogaram. Um jogo que tem a ver com brincadeira. Com prazer. Muito prazer, Flamengo!

O último gol da vitória por 4 x 1 sobre Unión La Câmera. Vitinho tocou para Pedro (ambos haviam entrado há pouco) e o centroavante fez o que a gente, lá em Aguaí, chamava de fieira.

Driblou um, escapou de outro e marcou, de cavadinha. Lembrei de Valdirzinho, o Garrincha Loiro, meu amigo e ídolo.

A beleza do jogo está aí. Pedro traz para o Maracanã o tipo de jogada que fazia quando guri. Como milhões de garotos de terrão e que não chegaram aí profissional.

O Flamengo tem – nem sempre, é claro – a capacidade de trazer ao campo profissional as jogadas dos campos do sonho, da nossa memória afetiva.

E o primeiro gol? Gerson para Arrascaeta e Arrascaeta para Gabigol. E o segundo? Bruno Henrique para Arrascaeta e…barbante. E o mais “feinho”, com o zagueiro servindo Bruno Henrique e daí para Gabigol. Caixa!

O Flamengo é competitivo.

E também é brincadeira!

Uma delícia.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Fonte: https://www.uol.com.br/esporte/futebol/colunas/menon/2021/04/27/e-um-prazer-ver-o-flamengo-jogar.htm