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Defasagem do frete atinge 13,9%; mão de obra e combustível devem pressionar em 2021
A defasagem do valor frete no setor de transportes rodoviários de cargas do Brasil terminou 2020 em 13,9%, mesmo patamar que era verificado no início do ciclo, em meio à pressão advinda principalmente dos custos com veículos e descontos dados durante a pandemia, disse nesta quinta-feira a associação NTCLogística.
As despesas só não foram maiores porque o diesel, que representa 50% dos custos de um caminhão bitrem, apresentou ligeira queda na comparação anual.
Segundo levantamento da associação, as empresas do setor promoveram reajuste médio negativo de 1,0% no valor do frete ao longo no ano passado, durante o qual a economia brasileira foi fortemente afetada pela pandemia de coronavírus.
Embora a maior parte das companhias pesquisadas (41,4%) tenha mantido estável o valor do frete em 2020, 30,8% delas concederam um desconto médio de 7,9%, justificando o resultado. Uma minoria (27,8%) reajustou o frete para cima, com alta média de 5,3%, de acordo com a NTCLogística.
Ainda assim, o dado representa uma alteração de panorama frente ao primeiro semestre de 2020, quando mais da metade das empresas diziam conceder descontos face ao impacto da pandemia, o que resultava em um reajuste negativo de 4,7% à época.
Os custos do transporte rodoviário, segundo a associação, aumentaram no ano passado, diante da inflação elevada, apesar de uma pressão menor dos combustíveis e mão de obra, que compõem juntos quase metade das planilhas de custos operacionais.
O Índice Nacional do Custo de Transporte de Carga (INCT) para as cargas fracionadas, que contêm pequenos volumes, apurou alta de 9,43% no ano, enquanto o INCT para cargas lotação —que ocupam toda a capacidade do veículo— subiu 7,15%.
Os custos com o veículo —que envolvem depreciação, remuneração, IPVA, seguro do casco e manutenção— subiram 9,5%, enquanto o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M), que influencia os aluguéis pelo setor, avançou 21,1% no ano.
Em relação aos custos com mão de obra, a NTCLogística apurou uma estabilidade em 2020, apoiada por uma flexibilização do dissídio salarial, enquanto os gastos com combustíveis acumularam baixa de 2,8%.
Apesar disso, o valor do diesel mantém viés de alta desde maio, quando atingiu as mínimas do ano, e já se aproxima de patamares pré-pandemia. Conforme os números da associação, o litro do diesel atinge atualmente 3,778 reais por litro, apenas 1,15% abaixo do patamar de dezembro de 2019 e bem distante da mínima de 3,106 reais/litro verificada em maio do ano passado.
Com isso, as expectativas da NTCLogística são de que diesel e mão de obra pressionem mais os custos do setor em 2021, segundo o assessor técnico da entidade, Lauro Valdivia, responsável pela pesquisa.
“A expectativa é que o diesel continue subindo. E outro problema que vai pressionar o custo neste ano é o dissídio salarial —que a gente praticamente não teve no ano passado, um sindicato ou outro só que teve reajuste, e aí a gente tem um acumulado de dois anos”, disse ele à Reuters.
O presidente da NTCLogística, Francisco Pelucio, afirmou esperar que o governo reveja os preços dos combustíveis, destacando que seria importante o setor trabalhar com cenário mais previsível.
“Muitas vezes (isso) não reflete a realidade dos altos investimentos que são feitos para continuar abastecendo o Brasil, como tem sido feito ao longo de todos esses anos de atuação”, disse Pelucio.
O governo encaminhou ao Congresso na semana passada uma proposta que altera a cobrança do ICMS sobre combustíveis, defendendo que ela daria mais previsibilidade aos custos com o diesel.
SEM CLIMA PARA PARALISAÇÃO
Mesmo com a elevação no preço do diesel, que esteve entre as principais pautas de uma greve de caminhoneiros convocada para o início deste mês, Lauro Valdivia não vê clima para paralisação da categoria no Brasil, afirmando que o valor do frete tem acompanhado a alta do combustível.
“A gente tem clima para paralisação quando o frete não sobe e o diesel sobe… Apesar de o diesel estar numa escalada de subida, o frete vinha acompanhando, porque também vinha subindo, então não tem clima”, disse o técnico.
“O problema é quando sobem os teus custos e você não aumenta teu preço. Mas no caso agora, não, o frete tem melhorado ao longo do tempo, pelo menos o pago ao autônomo”, acrescentou.
Para o futuro, 49% das empresas consultadas na pesquisa da NTCLogística acreditam que o valor do frete seguirá estável, patamar semelhante ao visto no levantamento do primeiro semestre de 2020.
Além disso, 31% das companhias veem uma melhora no valor, ante 20% na pesquisa anterior, enquanto 20% delas estimam piora, versus 32% em agosto.
Fonte: https://economia.uol.com.br/noticias/reuters/2021/02/18/defasagem-do-frete-atinge-139-mao-de-obra-e-combustivel-devem-pressionar-em-2021.htm
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