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Game atrapalha os estudos? É hora de ver o benefício dos jogos na educação
Akin Abaz
Akin Bakari D’Angelo dos Santos é fundador da InfoPreta e homem trans. Um curioso nato e um amante do desconhecido, sempre se interessou por montar, desmontar e entender o funcionamento dos eletrônicos. Fez cursos técnicos na adolescência e, aos 15 anos, já atuava na área da indústria com manutenção eletrônica de maquinário pesado. Em 2011, começou a consertar computadores em seu quarto e dois anos depois fundou a InfoPreta, empresa de serviços de manutenção que tem por objetivo inserir pessoas negras, LGBTQI+ e mulheres no mercado tech, aliando lucros a projetos sociais de grande impacto.
Nos últimos anos, o uso da tecnologia deixou de ser um inimigo para se tornar aliado da educação. Os jogos eletrônicos percorreram o mesmo caminho: muito criticados por mães (como a minha, que nunca gostou e sempre proibiu) e instituições de ensino, hoje são alvos de estudos que apontam os benefícios do seu uso moderado.
Mesmo que não sejam especificamente educativos, os jogos podem ajudar no desenvolvimento emocional e social, além de influenciar positivamente no ensino de crianças e adolescentes. É o que diz o estudo australiano “Growing Up in Australia: The Longitudinal Study of Australian Children” realizado em 2017. De acordo com a pesquisa, as crianças que jogavam entre duas a quatro horas por semana, apresentaram melhores habilidades em matemática e inglês.
A pesquisa TIC Educação 2019 apontou que 39% dos alunos de escolas públicas urbanas não possuem computador ou tablet. Nas escolas da rede privada, o número cai para 9%.
A falta destes equipamentos nos lares de estudantes de baixa renda expõe uma defasagem no aprendizado, tanto em relação ao conteúdo educativo, quanto na possibilidade de estimular o desenvolvimento cognitivo através dos jogos eletrônicos.
As escolas públicas brasileiras têm, em média, 23 computadores instalados, sendo 18 em funcionamento. Os equipamentos são utilizados por, em média, 800 alunos. A conta, obviamente, não fecha.
Nas escolas que estudei, não tive acesso a computadores, muito menos a jogos eletrônicos, fossem educativos ou não. Me lembro de contrariar minha mãe quando jogava na casa dos amigos e passava horas sonhando em ter um videogame.
Ela também não sabia dos benefícios do uso de tecnologias entre crianças e adolescentes. Sou da época em que jogos educativos eram de papel e tabuleiros, que me ajudaram na formação por ser uma criança especial, amava jogar todos eles.
Para mudar realidades tão parecidas com a minha, comecei o projeto social InfoPreta nas Escolas.
O objetivo é doar computadores que estejam em ótimo estado para alunos de escolas públicas oriundos de famílias carentes.
Para receber a doação, os critérios são, além de estar cursando o ensino fundamental ou médio em uma instituição pública, ser parte de pelo menos algum destes dois grupos: pessoas de baixa renda e pessoas com deficiência.
Para saber como ajudar ou ser ajudado, acesse: infopreta.com.br
Fonte: https://www.uol.com.br/tilt/colunas/akin-abaz/2021/01/14/jogos-eletronicos-ensino-e-aprendizagem-precisamos-falar-deste-privilegio.htm