Rede social mostra as surubas online para você participar na virada do ano

Felipe Germano

Felipe Germano é jornalista que escreve sobre comportamento humano, saúde, tecnologia e cultura pop. Para encontrar as boas histórias, atravessa o planeta: visitou de clubes de swing e banheiros do sexo paulistanos à sets de cinema hollywoodianos. Já trabalhou nas redações da Jovem Pan, do site Elástica, na revista Época e na revista Superinteressante.

31/12/2020 04h00

Não sei se você já decidiu a cor da sua roupa de baixo para a virada, mas pode apostar que tem um monte de gente pronta para descobrir e esperando você tirá-la. A noite de ano novo estará repleta de orgias online. Animou? Então separa o conjuntinho branco e vem comigo.

O fato é que a esta altura do campeonato, falar sobre pandemia é mais do que redundância —é provocação. Então, por motivos óbvios, se reunir para curtir o réveillon não é o melhor dos planos. Isso não significa que ele tem que ser chato.

As orgias que já vinham pipocando durante o ano vão rolar nos últimos momentos dessa infernal volta em torno do sol.

Caso, elas ainda não tenham te pego, explico: as surubas digitais são nada menos do que dezenas (ou até centenas) de câmeras ligadas com cada um fazendo o que bem entende. Há quem transe com um parceiro in loco, tem os que flertam com o coleguinha nu, dá para se masturbar para uma plateia, ou, claro, só observar.

Dá para rolar uma sacanagem pesada, com a libido nas alturas, mas também pode ser uma parada simplesmente divertida. Ver gente desconhecida pelada, em via de regra, pode ser mais engraçado do que sexy.

Uma baita repórter aqui da casa, a Marie Declercq, inclusive narrou uma orgia online pro TAB. Dá para sentir o clima das exclamações e interrogações que podem aparecer durante um rolê desses.

Bom, direto ao ponto. Já sei que, se você chegou até aqui, está , no mínimo, com curiosidade sobre como isso vai rolar. Então vou te explicar.

Seu maior aliado nessa cruzada pela orgia perfeita é o rede social que ajuda pessoas a encontrarem pombinhos com os mesmos fetiches.

Crie um perfil no site, e, assim que logar, vá para a barrinha que fica no topo da tela.

Clique em “Events” e, aí que mora o pulo do gato, selecione “virtual”.

Voilá. Uma lista com todas as orgias disponíveis aparece por ordem de acontecimento. Aliás, vale olhar também o dia 1/01/21 – já que algumas festas começam depois da queima de fogos.

Vale dar uma lidinha na descrição de cada evento. Lembra? O Fetlife é uma rede de fetiches, então se uma festa específica não combina muito com os seus gostos, pule para outra.

Quase todos os eventos estão em inglês —mas usar o Google Tradutor dá para ter uma boa ideia do que está rolando. E, na hora das câmeras, muito provavelmente você não vai ter que falar muito…

Dê uma olhada também no horário. Algumas começam às 23h da Austrália (11 da manhã daqui). Não precisa esperar contagem regressiva nenhuma.

Enfim, não tem as óbvias vantagens de ir numa festa presencial, pular sete ondinhas, ou colar num swing real. Mas também não tem as desvantagens de pegar covid, contaminar quem você ama ou pisar numa rosa jogada no mar.

Veja aí seus prós e contras, pegue aquele espumante meio barato e se divirta on ou offline.

Que 2021 seja melhor! Saúde para você, e até ano que vem 🙂

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Fonte: https://www.uol.com.br/tilt/colunas/sexting/2020/12/31/reveillon-em-casa-como-virar-o-ano-em-uma-suruba-online.htm