GP de Sakhir: datas, horários e tudo sobre o GP recheado de novidades

Julianne Cerasoli

Fã de Fórmula 1 desde a infância, Julianne Cerasoli nasceu em Bragança Paulista (SP) e hoje vive em Londres (Inglaterra). Atua como jornalista desde 2004, tendo trabalhado com diversos tipos de mídia ao longo dos anos, sempre como repórter esportiva e com passagem como editora de esportes do jornal Correio Popular, em Campinas (SP). Cobrindo corridas in loco na Fórmula 1 desde 2011, começou pelo site especializado TotalRace e passou a colaborar para o UOL Esporte em 2015, e para sites e revistas internacionais. No rádio, é a repórter de Fórmula 1 da Sistema Bandeirantes de Rádio desde 2017, e também faz participações regulares no canal Boteco F1, o maior dedicado à categoria no YouTube. Em 2019, Julianne criou o projeto No Paddock da F1 com a Ju, na plataforma Catarse, em que busca aproximar os fãs da Fórmula 1 por meio de conteúdo on demand e podcast exclusivo com personagens da categoria. Neste espaço: Única cobertura in loco de toda a temporada da Fórmula 1 na mídia brasileira, com informações de bastidores, entrevistas exclusivas, análises técnicas e uma pitada de viagens.

Colunista do UOL

03/12/2020 04h00

Antes mesmo dos primeiros treinos livres para a penúltima etapa do campeonato, uma coisa é certa: o GP de Sakhir será único. Já seria uma prova toda especial pelo traçado, muito incomum para a F1: são muitas retas e apenas três freadas mais fortes, em uma pista que pega o começo e o fim do circuito em que a categoria tradicionalmente corre no Bahrein, mas pula a parte mais travada do segundo setor.

Além de rápida, essa configuração também é bem menor, fazendo com que os tempos de volta fiquem abaixo de 1min até mesmo durante a corrida. E mais, para completar os mesmos 300km de corrida, serão necessárias 30 voltas a mais do que na prova do último domingo.

Como se tudo isso não bastasse, uma série de acontecimentos fez com que a corrida tivesse duas estreias: o brasileiro Pietro Fittipaldi estará no lugar de Romain Grosjean, que pilotar o carro de Lewis Hamilton, que está com Covid-19 e perderá pelo menos uma etapa. O inglês, que é piloto da Williams e disputou 36 GPs, nunca pontuou na F1.

Como acompanhar o GP de Sakhir:

Sexta-feira, 4 de dezembro

Treino livre 1, das 10h30 às 12h: SporTV2

Treino livre 2, das 14h30 às 16h: SporTV2

Sábado, 5 de dezembro

Treino livre 3, das 11h às 12h: SporTV2

Classificação, das 14h às 15h: SporTV2

Domingo, 29 de dezembro

Corrida, a partir das 14h10: SporTV 2 e BandNewsFM (transmissão começa às 13h30)

Raio-X do Anel Externo do Bahrein

Distância: 3.543 metros

Número de voltas: 87

DRS – 2 zonas

DRS 1: Detecção antes da curva 1 e ativação após a curva 3

DRS 2: Detecção antes da última curva, ativação na reta dos boxes

Pneus disponíveis: C2 (duros), C3 (médios) e C4 (macios)

Características do Anel Externo do Bahrein

A velocidade média prevista é de 230km/h, o que faz deste circuito um dos mais velozes da temporada, e deve levar os times a adotarem configurações semelhantes a Monza em termos de nível de asa.

São apenas 11 curvas, embora só em três delas os pilotos vão precisar frear mais forte. Por isso, não é uma pista tão severa para os freios quanto o palco do GP da semana passada.

Deve haver uma diferença no asfalto entre a pista usada no final de semana passado e o trecho do segundo setor do anel externo, e os pilotos comentaram que há uma zebra nesta parte que é tão alta que é melhor evitá-la ao máximo.

Depois de os pneus sofrerem muito no GP do Bahrein, com os pilotos evitando os pneus macios e, mesmo assim, fazendo duas paradas, o GP de Sakhir deve ser diferente, porque há menos áreas de tração e mais retas, que ajudam a resfriar os pneus. Calcula-se que seja colocada de 20 a 30% a menos de energia nos pneus, mesmo rodando no mesmo asfalto.

Curiosidades sobre o GP de Sakhir

Se todos os carros estiverem juntos na pista, distribuídos uniformemente, haveria apenas 177m de distância entre um e outro. Por isso a grande preocupação é em relação ao trânsito na classificação, já que a turbulência que um carro causa no outro prejudica o equilíbrio, com isso, o tempo de volta.

A classificação pode ser ainda mais complicada caso os pilotos precisem dar duas voltas para aquecer os pneus, o que manteria os carros na pista por mais tempo. Como a corrida e a classificação serão totalmente noturnas, ao invés de serem disputadas ao entardecer, a tendência é que a temperatura da pista esteja mais baixa.

A volta da pole position deve ser a mais rápida da história da F1, porque deve ficar na casa dos 55s, e a pole position do GP de Dijon, na França, de 1974, foi feita em 58s por Niki Lauda. E esta foi a única vez que os pilotos da F1 rodaram com tempos abaixo de um minuto, já que a categoria não costuma usar circuitos tão curtos.

Na verdade, o circuito de Mônaco é mais curto (3.337m), mas como a média de velocidade é muito mais baixa (a pole do ano passado teve média de 161km/h), o tempo de volta fica acima de 1min10. Curiosamente o GP de Mônaco tem menos voltas (78) porque a distância total lá, excepcionalmente, é de 250km para que a corrida não seja muito longa.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

Fonte: https://www.uol.com.br/esporte/colunas/pole-position/2020/12/03/gp-de-sakhir-datas-horarios-e-tudo-sobre-o-gp-recheado-de-novidades.htm