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Campanha para doar computador para minorias é fundamental na nossa luta
Akin Abaz
Akin Bakari D’Angelo dos Santos é fundador da InfoPreta e homem trans. Um curioso nato e um amante do desconhecido, sempre se interessou por montar, desmontar e entender o funcionamento dos eletrônicos. Fez cursos técnicos na adolescência e, aos 15 anos, já atuava na área da indústria com manutenção eletrônica de maquinário pesado. Em 2011, começou a consertar computadores em seu quarto e dois anos depois fundou a InfoPreta, empresa de serviços de manutenção que tem por objetivo inserir pessoas negras, LGBTQI+ e mulheres no mercado tech, aliando lucros a projetos sociais de grande impacto.
Após falar muito sobre o começo da Notes Solidários da Preta chegou.
Durante o curso técnico e a graduação, eu não tinha computador e isso dificultava muito o meu desenvolvimento. Então, quando fundei a InfoPreta, lá em 2013, me vi com a oportunidade de mudar a vida das pessoas com uma atitude que sempre comento: olhar para o lado e enxergar o outro como ser humano. Não queria que alguém mais sentisse a frustração que senti por não ter um computador em casa para estudar.
O projeto foi criado no início da empresa e comecei a divulgar entre as amigas de minha mãe e alguns amigos. Dessa forma, recebi a primeira doação: um G480 da Lenovo. Desde esse momento nunca mais parei o projeto.
Sempre proponho ideias insanas para a equipe InfoPreta. Desde 2014, lançamos em dezembro o Preta Noel, quando selecionamos o maior número de estudantes e doamos máquinas para que todos iniciem o próximo ano realizados e motivados.
O projeto tem como objetivo doar equipamentos que as pessoas não utilizam mais e tendem a somente deixar em algum canto da casa para depois descartar.
Pegamos esse equipamento, damos suporte e manutenção para deixá-lo em condições de uso para um de nossos beneficiários do projeto Notes Solidários da Preta.
E quais são os critérios para a seleção dos estudantes e instituições?
O principal critério é a pessoa estar cursando o ensino superior. Depois temos alguns critérios mais específicos, como:
- Mães
- Pessoas negras de baixa renda
- Pessoas transexuais
- Pessoas negras LGBTIs
- Pessoas indígenas
- Pessoas com deficiência
E por que priorizamos essas características?
Todas elas estão enquadradas dentro do que a sociedade chama de “minoria”.
“Minoria” não significa que estão em menor número de pessoas e sim com uma desvantagem social. São as relações de dominação que se enquadram dentro dos diferentes subgrupos pela sociedade, ou seja, o grupo de dominantes que determina como padrão quem seria minoria ou não dentro da sociedade.
Essa dominação produz preconceitos como sexismo, racismo e LGBTfobia.
Importante lembrar também que não há consenso absoluto entre o conceito de minorias, principalmente pelo fato de que em meio as discussões sempre haverá opiniões diversas referentes ao assunto.
Já são mais de cem equipamentos diversos doados para estudantes e também para ONGs que promovem a igualdade de acesso a informações dentro de comunidades ou locais de maior propensão de pessoas que se enquadram na “minoria”.
Então, cada vez mais esperamos impactar —diretamente e indiretamente— mais vidas por meio do apoio às minorias, mostrando que, sim, é possível misturar o lado empresarial e social de uma empresa e impactar ao mesmo tempo.
Quer saber como ajudar? Acesse infopreta.com.br
Fonte: https://www.uol.com.br/tilt/colunas/akin-abaz/2020/12/10/campanha-doa-computador-para-universitarios-de-minorias-sociais-participe.htm