O ex-presidente da República, e sociólogo, Fernando Henrique Cardoso, disse à revista “Época” que votou nulo em 2018 e que sente “um certo mal-estar” por não ter votado em Fernando Haddad.
E justificou: “Embora eu reconheça que o outro lado tinha mais sensibilidade social do que o Bolsonaro, tinha medo que houvesse uma crise muito grande financeira e econômica e rachasse ainda mais o país.”
Que um ex-presidente da República vote nulo já é estarrecedor, porque é consenso no mundo político que, em segundos turnos, vota-se no menos ruim quando não se tem o candidato preferido.
Mas ainda pior é ouvir de sociólogo que tinha medo disso ou daquilo caso outro lado ganhasse.
E o lado que ganhou? Não inspirava medo maior, dada a evidente barbárie ali contida?
É de se duvidar até mesmo que FHC tenha anulado o voto.
