Nissan Versa Advance 2021: Prós e Contras

A nova geração do Nissan Versa foi apresentada em 2020 com muita evolução da anterior, que segue viva como V-Drive. Depois das versões topo de linha Exclusive (Sense com o câmbio manual, agora testamos a versão intermediária que já oferece alguns equipamentos interessantes e com o câmbio automático CVT.

Entre seus principais concorrentes na faixa de preços, equipamentos e com câmbio automático, temos: Chevrolet Onix Plus Premier (R$ 89.930), Fiat Cronos Drive (R$ 86.490), Toyota Yaris Sedan XS Connect (R$ 91.190), Volkswagen Virtus Comfortline 200 TSI (R$ 91.150). Hyundai HB20S Diamond (R$ 90.490) e o Honda City EX (R$ 91.900). Veja os prós e contras do Nissan Versa Advance 2021.

Prós

A Nissan aproveitou muito do que aprendeu com o SUV Kicks na hora de calibrar a suspensão e direção do novo Versa. O sedã trabalha silencioso mesmo nos piores pisos, além de absorver muito bem o que passa para a carroceria sem incomodar os ocupantes. Ao motorista, uma direção elétrica leve para manobras, mas que não parece virtual em velocidades mais altas, algo que acontecia na geração anterior.

Ao mesmo tempo, o trabalho de motor e câmbio colaboram pra isso. A transmissão CVT mantém a condução suave e o motor quieto, sem trancos de trocas ou comportamento inesperado. Bom isolamento acústico colabora nessa conta.

Se o Versa em sua geração anterior era uma referência em aproveitamento de espaço, a nova geração não foi diferente. Apostou em bancos maiores e mais confortáveis, mas ainda mantém o bom espaço principalmente no banco traseiro. No porta-malas, 482 litros de capacidade, mais que os 469 litros do Chevrolet Onix Plus, porém menor que os 521 litros do VW Virtus.

Para uma versão intermediária, o pacote do Versa Advance se destaca por alguns pontos, mas segue a média de seus concorrentes. Por exemplo, possui chave presencial com partida por botão e painel com tela de 7″ configurável, mas segue os demais com um sistema multimídia com tela de 7″ e espelhamento de smartphones, 6 airbags, controles de tração e estabilidade, assistente de partida em rampas, rodas de 16″, piloto automático, faróis com acendimento automático e faróis de neblina.

Contras

O Nissan Versa tem bons números de desempenho e consumo, mas o 1.6 aspirado com 114 cv e 15,5 kgfm de torque se vê diante de concorrentes como o Chevrolet Onix Plus, VW Virtus ou Hyundai HB20S e seus 1.0 turbo. Por mais que o sedã mexicano trabalhe bem com a transmissão CVT e baixo peso, os 1.0 turbo respondem melhor principalmente em baixas rotações e retomadas. É mais uma questão de mercado que algo negativo ao comprador, já que até o consumo é bem parecido com o do Onix Plus.

Mesmo com marcas de consumo (no etanol) de 8 km/litro na cidade e 12,2 km/litro na estrada, o motorista pode ter a sensação que o Versa não é tão econômico. Isso pois, como no Kicks, o tanque de apenas 41 litros deixa a autonomia mais baixa que os modelos que variam entre 50 e 55 litros. Outro modelo que apresenta a mesma característica é o Chevrolet Onix Plus (8,1 km/l na cidade e 12,1 kml na estrada) e seus 44 litros – pelo menos ambos são mais baratos na hora de encher o tanque.

Apesar de bem equipado, o Nissan Versa fica devendo em detalhes. O sedã não tem abertura e fechamento “um toque” nos 4 vidros elétricos, deixando apenas a abertura assim para o motorista. Também sentimos a ausência de um retrovisor interno fotocrômico e ao menos o volante com revestimento em couro, afinal já estamos falando de um modelo perto dos R$ 90 mil e alguns “mimos” fazem falta.

Fotos: Leo Fortunatti (Motor1.com)