Fãs de aviação pagam “vaquinha” para startup de voo fretado decolar

Renato de Castro

Renato de Castro é expert em Cidades Inteligentes. É embaixador de Smart Cities do TM Fórum de Londres, membro do conselho consultivo global da Leading Cities de Boston e Volunteer Senior Adviser da ITU, International Telecommunications Union das Nações Unidas. Acumulou mais de duas décadas de experiência atuando como executivo global. Renato já esteve em mais de 30 países, dando palestras sobre cidades inteligentes e colaborando com projetos urbanos. Atualmente, reside em Barcelona onde atua como CEO de uma spinoff de tecnologia para Smart Cities.

24/11/2020 04h00

Você sabia que já existe empresas que oferecem voos executivos em aviões e helicópteros por Uber ou 99, mas neste caso a corrida é um pouquinho mais longa.

Eu conversei com Paul Malicki, executivo-chefe da Flapper, sobre a empresa e a grande ideia por trás desse serviço disruptivo. Mesmo com todos os desafios de um ano atípico o projeto está indo muito bem. Eles cresceram mais de 251% em 2019 e agora com a pandemia, que gerou um declínio na oferta de voos pelas companhias aéreas comerciais, as solicitações de voos fretados aumentaram, e o serviço de voos de carga e aeromédica também cresceram. Tudo isso no melhor estilo “made in Brazil”.

E não para por aqui. Para completar sua última cota de investimentos no nível de Series A, eles lançaram uma campanha de crowdfunding e conseguiram arrecadar R$ 2,5 milhões em somente uma semana. A campanha foi feita em parceria com a SMU Crowdfunding, a primeira plataforma de financiamento coletivo do Brasil para investimentos.

“Trabalhamos com muitos clientes de poder aquisitivo e muitos amantes de aviação. Eles sempre perguntavam quando a gente iria abrir o capital”, diz Malicki. Foi isso que fez a Flapper decidir por crowdfunding. “Muitos deles investiram e muitas empresas de aviação executiva também investiram”, acrescenta.

Para ele, crowdfunding é uma forma de praticar o relacionamento com os investidores e também de ter exposição de marketing.

Agora capitalizados, o objetivo será expandir o modelo de negócios principal da empresa, que hoje conta com escritórios em Belo Horizonte e no Rio de Janeiro, e alçar voos ainda mais altos, rumo ao exterior. A empresa pretende abrir quatro novos mercados na América Latina e lançar rotas compartilhadas adicionais para aeroportos não disponíveis na aviação comercial no Brasil. Nada mal para uma startup tupiniquim, não acham?

Se você aproveitou o feriadão para viajar e acabou perdendo essa live, não tem problema. Só clicar aqui embaixo no vídeo, apertar os cintos e curtir nosso bate-papo.

Fonte: https://www.uol.com.br/tilt/colunas/renato-de-castro/2020/11/24/startup-de-aviacao-faz-captacao-de-investimentos-atraves-de-crowdfunding.htm