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Raio-x da final parte 2: como Palmeiras e Santos atacam
Rodrigo Coutinho
Rodrigo Coutinho é jornalista e analista de desempenho. Acredita que é possível abordar o futebol de forma aprofundada e com linguagem acessível a todos.
Depois de conhecermos como Palmeiras e Santos fazem para se defender, chegou a hora de sabermos os conceitos dos rivais paulistas para atacar. Os dois times têm estratégias de ocupação no campo rival e movimentações padronizadas para gerar espaços, bem como um comportamento de ser mais vertical ou trabalhar a bola com calma. Confira!
Alternância de estilos
O mais difícil desta final é projetar qual será exatamente o cenário. Tanto o Palmeiras, quanto o Santos, são times que variam a estratégia. Por vezes propõem mais o jogo e em outros momentos são reativos, optam por atuar em contra-ataques. Creio que pelo fato de ter mais qualidade para articular, o Palmeiras assuma, ao menos inicialmente, o protagonismo com a bola no pé, mas não quer dizer que o Santos não terá os seus momentos de mais posse.
São duas equipes com bastante potencial de contra-ataque, como veremos abaixo, mas sabem o que fazer em fase ofensiva. O Palmeiras adotou em alguns jogos um estilo mais direto. Muitos passes longos endereçados para Luiz Adriano ganhar a primeira bola por cima, ou para Rony e Willian atacarem as costas da defesa rival.
Creio que esta formatação tenha sido adotada para ser mais competitivo diante de equipes mais ”prontas”, como o River Plate, e também para ministrar o desgaste desta fase da temporada. Ficando menos tempo com a bola, postado na defesa, e saindo ”na boa”. Não acredito numa repetição destas ideias no sábado, mas é bom ficar de olho aberto.
A principal característica do Palmeiras de Abel Ferreira atacando é ser vertical, mas trocando mais passes até chegar à meta adversária. Costuma estruturar sua saída de bola com três jogadores, prende um lateral para isso e libera o outro em amplitude. Um dos pontas ”abre” o campo no lado contrário, e o outro ponta entra em diagonal para fazer companhia a Luiz Adriano.
No meio, a trinca de jogadores busca se aproximar para trocar passes e flutua de acordo com a bola. Danilo costuma ficar mais preso para cuidar das transições defensivas, e os dois meias, têm liberdade de infiltração. Chama a atenção a intensidade com que o time se mexe na maioria dos jogos e gera os espaços perto da área adversária.
No Santos, Cuca vem apostando num quarteto de atacantes, e muito do entendimento do jogo do time passa pelo comportamento deles. A começar pelos pontas. O comandante gosta de variar quem ocupa cada setor. Marinho e Lucas Braga podem ser os homens de lado de campo, mas o camisa 11 também pode ser escalado por dentro, e aí Soteldo vai pra esquerda.
Seja qual for a escolha, os pontas ficam bem abertos na maioria das vezes, e os laterais, Felipe Jonatan e Pará, atacam por dentro, o que atende bem as características deles. Diego Pituca e Alison são os volantes, e o camisa 21 tem liberdade para entrar na área, enquanto o capitão do Peixe ”segura”, vigia os contra-ataques adversários.
No miolo do ataque, Kaio Jorge é uma referência extremamente móvel. Sai constantemente da área e circula pela intermediária para auxiliar na construção das jogadas. Esse movimento gerava problemas ao time antes de Cuca escalar mais um atacante ao seu lado. Agora, quando o jovem centroavante sai da profundidade, o outro atacante garante essa presença nos metros finais pelo meio.
Há a possibilidade de Sandry atuar. O que tiraria do time um dos atacantes e reforçaria o meio. Aumentaria também o potencial de alternar ritmo do jogo do Santos. Em alguns momentos é um time que tem dificuldade de desacelerar quando tem os quatro atacantes em campo. Varia bastante entre a aproximação para trocar passes e as jogadas mais verticais, os passes longos visando a velocidade dos homens de frente.
Mapa do Gol
A forma como constroem os gols deixa bem nítido que o Palmeiras, entre as duas equipes, é a que melhor consegue trabalhar a bola até finalizar. Já o Peixe mostra-se uma pouco mais eficaz em ataques diretos e em contra-ataques. O time de Abel Ferreira leva vantagem nas bolas paradas aéreas, mas o de Cuca conta com armas mais eficientes nas faltas diretas, principalmente Marinho, um dos melhores jogadores da temporada no Brasil.
Transições Ofensivas
Como já citado acima, Santos e Palmeiras possuem armas bem perigosas nos contra-ataques, seja pela velocidade e características de peças como Marinho, Soteldo, Lucas Braga, Rony, Luiz Adriano e Gabriel Verón, ou pela organização apresentada para isso.
No Peixe é bem nítido o conceito de inverter o lado da jogada. Se rouba a bola na esquerda, inverte para o ponta da direita, seja com um passe longo, ou por vários passes curtos em velocidade. Já o Porco é mais vertical, tenta o passe em profundidade ou aposta em conduções de quem roubou a bola. A cada cinco gols marcados pelos rivais, ao menos um é feito em contra-ataque.
Fonte: https://www.uol.com.br/esporte/colunas/rodrigo-coutinho/2021/01/28/raio-x-da-final-parte-2-como-palmeiras-e-santos-atacam.htm