Volkswagen troca o “k” pelo “t” e vira Voltswagen nos EUA

Parecia brincadeira de 1° de abril, mas não é. A Volkswagen vai mudar seu nome nos Estados Unidos para Voltswagen, em alusão aos carros elétricos que a marca vai comercializar no mercado americano.

A mudança foi confirmada nesta terça (30) em um comunicado divulgado pela montadora e será implementada em maio. O nome original da montadora significa “carro do povo” em alemão.

“A ideia de um ‘carro do povo’ é a nossa própria estrutura. Dissemos, desde o início de nossa mudança para um futuro elétrico, que construiremos veículos desse tipo para milhões de pessoas, e não apenas para milionários”, disse, em nota, Scott Keogh, presidente da Voltswagen of America.

“Essa mudança de nome significa um aceno ao nosso passado como o carro do povo e nossa firme convicção de que nosso futuro será oferecer o carro elétrico do povo”, afirmou o executivo.



Ícone seta para esquerda
Volte

É uma alteração sem precedentes para a montadora: nem mesmo a origem da marca fez o nome ser alterado em quase 90 anos de história.

No dia 22 de junho de 1934, o contrato de produção de um carro acessível foi fechado pelo projetista Ferdinand Porsche (1875-1951) com o governo alemão. Adolf Hitler (1889-1945), que acabara de assumir o poder, desejava que um veículo barato chegasse às ruas, e nascia o modelo que o Brasil conhece como Fusca.

O criador do automóvel mais popular do planeta tinha que entregar algo robusto e econômico, que atendesse às exigências estipuladas pelo governo –era parte de uma estratégia de estado para dar rodas ao país e desenvolver a indústria.

A produção foi interrompida durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) e retomada logo após o término do conflito, mas agora sob o comando dos ingleses, que mantiveram a marca Volkswagen.

Mais do que a consequência de imposições legais –as legislações ambientais têm forçado as montadoras a eletrificarem seus carros–, a mudança de Volkswagen para Voltswagen é uma iniciativa da empresa alemã para apagar o dieselgate.

Em 2015, a VW admitiu ter manipulado os resultados de testes com veículos à diesel, fingindo que estes respeitavam os padrões americanos para a emissão de poluentes. A fraude envolveu 11 milhões de veículos e gerou punições bilionárias à fabricante.

A meta atual da marca é vender 1 milhão de veículos elétricos no mundo até 2025.

O lançamento mais recente da empresa nessa categoria é o ID.4, um utilitário esportivo 100% movido a eletricidade.

No comunicado divulgado nesta terça, a VW diz que preservará elementos clássicos da marca, mas com algumas mudanças. As logomarcas de modelos movidos a gasolina terão um tomo de azul mais escuro do que o adotado nas opções elétricas.

As mudanças também serão vistas nas fachadas das concessionárias. As lojas que comercializarem carros elétricos trarão o luminoso “Voltswagen” em destaque.

A divisão americana da montadora existe desde 1955 e sempre teve autonomia para o desenvolvimento de modelos. A montadora ainda não divulgou se a mudança de nomenclatura chegará a outros mercados. Procurada, a Volkswagen do Brasil preferiu não se manifestar sobre a mudança ocorrida nos EUA.

Fonte: https://maquinasdotempo.blogfolha.uol.com.br/?p=340