Renault Sandero GT-Line 1.0: Prós e Contras

Não é a primeira vez que a Renault lança uma versão GT-Line do Sandero. Na verdade, desde a primeira geração que a marca francesa coloca um estilo esportivo no hatch e não foi diferente com a reestilização. Com os detalhes diferenciados, o Sandero GT-Line é oferecido com motor 1.6 e câmbio CVT e a testada aqui, 1.0 aspirada com o câmbio manual de 5 marchas.

Além do visual esportivo assinado pela Renault Sport, o Sandero GT-Line tem equipamentos a mais que o Sandero Zen 1.0, até então a versão mais completa com este motor, por R$ 2.500 a mais. Será que vale a pena? Veremos isso neste Prós e Contras com o Renault Sandero GT-Line 1.0 2021.

Prós

Renault Sandero GT-Line 1.0

O Sandero GT-Line recebe alguns itens vindos do Sandero R.S., como o aerofólio traseiro, spoiler lateral e para-choque traseiro com difusor, além de rodas de 15″ (as 16″ das fotos são opcionais assim como os bancos). E isso chamou a atenção nas ruas e deu um estilo menos “simplório” ao hatch com motor 1.0 aspirado. É o único Sandero 1.0 com faróis de neblina de série. 

Por dentro, a soleira com a inscrição Renault Sport, assim como os detalhes em azul no painel e os bancos com revestimento exclusivo o diferenciam dos demais. O acabamento em preto é item de série em todas as versões desde a reestilização.

Renault Sandero GT-Line 1.0

Desde que apresentou a família SCe, elogiamos estes motores, seja o 1.6 ou o 1.0. No caso do Sandero GT-Line aqui testado, o “milzinho” é bastante valente apesar do tamanho do carros para seus até 82 cv e 10,5 kgfm de torque. É ajudado por um câmbio manual de 5 marchas com relações curtas, o que ajuda bastante na cidade, mas afeta seu consumo na estrada – sendo 9,6 km/l e 11,7 km/l, respectivamente, com etanol. 

Vale também uma menção honrosa ao conjunto da suspensão. Conhecido como robusto no Sandero (e Logan), segue eficiente em filtrar o que passa no solo e com poucos barulhos mesmo nas piores situações. Não a toa que é um dos favoritos de motoristas de aplicativos e empresas em geral. 

Renault Sandero GT-Line 1.0

Mesmo não sendo o hatch compacto mais moderno do mercado, o Renault Sandero ainda se destaca pelo espaço interno. Ajudado principalmente pela largura e uma carroceria mais alta, leva os ocupantes com certo conforto tanto na frente quanto atrás. No porta-malas, capacidade de 320 litros, uma das maiores do segmento. 

Contras

Renault Sandero GT-Line 1.0

Apesar de reestilizado em 2019, o Renault Sandero sente o peso da idade em alguns pontos. O principal é o sistema de direção ainda eletrohidráulico, que apenas substitui a função de girar a bomba hidráulica do motor para um motor elétrico. É mais pesado que o sistema elétrico e menos refinado no uso. Outro ponto é o acabamento que, apesar de feito com plásticos bem encaixados e de boa qualidade, não passam uma boa impressão.

Renault Sandero GT-Line 1.0

Quando reestilizado, o Sandero recebeu os 4 airbags como item de série em todas as versões. Seria perfeito se os controles de tração, disponíveis para as versões com câmbio CVT e para o esportivo R.S, estivessem disponíveis ao menos como um pacote opcional para as versões com motor 1.0, como a Hyundai faz com o HB20, por exemplo. A plataforma permite o equipamento, basta a Renault querer

Renault Sandero GT-Line 1.0

eles devem mudar de nome, ficar mais refinados e há chances de conviverem com os atuais. Mas é algo que vamos saber apenas em 2021 ou 2022. 

Fotos: Leo Fortunatti (Motor1.com)

Renault Sandero GT-Line 1.0 SCe

 

Fonte: https://motor1.uol.com.br/reviews/457026/teste-renault-sandero-gt-line-10/