Palmeiras marca nos acréscimos, vence Santos e conquista a Libertadores

30/01/2021 22h25

Rio de Janeiro, 30 jan (EFE).- O Palmeiras, graças a um gol marcado aos 53 minutos do segundo tempo, anotado pelo atacante Breno Lopes, venceu neste sábado o Santos por 1 a 0, no Maracanã, no Rio de Janeiro, e conquistou pela segunda vez na história a Taça Libertadores.

O jogador recém-contratado pelo Verdão, junto ao Juventude, se tornou o herói da conquista, pouco depois de ter saído do banco de reservas, ao acertar cabeçada precisa, encobrindo o goleiro santista John, após cruzamento preciso de Rony.

Este é o segundo ano consecutivo que um técnico português chega ao título da Libertadores, já que o Palmeiras é comandado por Abel Ferreira, que chegou em outubro ao clube e repete o feito de Jorge Jesus, que comandou o Flamengo no título da edição de 2019 do torneio.

A conquista alcançada hoje pelo time da capital paulista se junta a de 1999, quando os comandados por Felipão, entre eles ídolos como Marcos, Alex, entre outros, ergueram o então inédito troféu para o clube alviverde.

Com o título, o Palmeiras disputará o Mundial de Clubes já nos próximos dias. Dia 7, a equipe estreará no torneio intercontinental contra o vencedor do duelo entre Tigres, do México, e Ulsan Hyundai, da Coreia do Sul.

Quatro dias depois, acontecerá a decisão do torneio, provavelmente, com a presença do Bayern de Munique, da Alemanha, que terá enfrentado nas semifinais Al-Duhail, do Catar, ou Al Ahly, do Egito.

ESCALAÇÕES E PÚBLICO.

Para o jogo deste sábado, o português Abel Ferreira abriu mão da linha defensiva com três homens, que utilizou contra o River Plate, nas semifinais. No setor ofensivo, Rony ganhou disputa com Willian e foi escalado ao lado de Luiz Adriano. O único desfalque da equipe foi o jovem Gabriel Verón, lesionado.

No Santos, Cuca optou por fortalecer o setor de meio para a final e sacou do time o promissor Lucas Braga, que deu lugar ao volante Sandry. Assim, Marinho e Soteldo foram escalados pelos lados do ataque, e Kaio Jorge como homem de referência.

Nas arquibancadas do Maracanã, o pequeno público de cerca de 7 mil pessoas, presente após autorização do governo estadual do Rio de Janeiro, tentou fazer o máximo de barulho possível. A maioria, aparentemente, foi de torcedores palmeirenses.

Apenas quem trabalharia na logística e organização da decisão, além de convidados da Conmebol, patrocinadores e clubes envolvidos, puderam estar no estádio. Entre as personalidades, compareceram o ex-atacante do Santos Pepe, o técnico da seleção brasileira, Tite, o capitão do tetra, Dunga, o do penta, Cafu, entre outros.

CALOR DÁ O TOM.

O jogo começou com o Peixe mais dominante, mas a primeira chance de real perigo foi do Palmeiras, aos 11 da etapa inicial, quando Rony disparou pela esquerda, deixou a marcação para trás e bateu cruzado para o meio da área, parando em corte do goleiro santista, John, que impediu que a bola chegasse até Luiz Adriano.

O intenso calor no Rio de Janeiro, de mais de 40 graus, fez com que o ritmo não fosse tão intenso ao longo da primeira etapa. Aos 36, após cochilada da zaga do Santos, Raphael Veiga partiu pela direita, entrou na área e bateu cruzado, em bola que saiu perto da trave direita de John, que só acompanhou.

O segundo tempo começou com ritmo muito parecido ao de parte da metade inicial do duelo. Só aos 14 minutos, os torcedores dos dois times se depararam com um momento de chance real de gol, quando Marinho cobrou falta na área, Lucas Veríssimo apareceu completamente livre, mas não conseguiu desviar a bola de cabeça.

A resposta do Palmeiras veio rápido, aos 18, também em lance de bola parada. Raphael Veiga cobrou tiro livre da intermediária de maneira direta, e acertou a parte superior da rede defendida pelo goleiro John, que acompanhou com atenção.

Aos 27, Cuca colocou o Santos para frente, com a entrada de Lucas Braga no lugar de Sandry. Não demorou e, aos 32, o Peixe ficou muito perto de marcar, em bombardeio, que primeiro teve Weverton fazendo defesa em chute de Diego Pituca. No rebote, Felipe Jonatan também bateu firme e passou muito perto de acertar o gol.

RETA FINAL QUENTE.

Ainda mais ofensivo, o Alvinegro Praiano tentou uma nova blitz aos 44 da etapa complementar. Após bate e rebate dentro da área, a bola sobrou para Kaio Jorge, que ajeitou e emendou uma bicicleta, que acabou sendo defendida, sem grandes dificuldades.

Já nos acréscimos, um tumulto se formou quando Cuca tentou segurar a bola na linha lateral do campo e acabou atropelado pelo lateral-direito Marcos Rocha. O técnico do Santos foi expulso da partida.

O duelo caminhava para a prorrogação, quando, aos 53 minutos, o Palmeiras marcou o gol do título, quando Rony acertou um cruzamento magistral do lado direito e encontrou no lado oposto da área o atacante Breno Lopes, que havia entrado em campo já no fim do segundo tempo e marcou de cabeça, encobrindo John.

Ficha técnica:

Palmeiras: Weverton; Marcos Rocha, Luan, Gómez e Viña; Danilo, Zé Rafael (Patrick de Paula), Gabriel Menino (Breno Lopes) e Raphael Veiga (Alan Empereur); Rony (Felipe Melo) e Luiz Adriano. Técnico: Abel Ferreira.

Santos: John; Pará (Bruno Marques), Luan Peres, Lucas Veríssimo e Felipe Jonatan (Wellington); Alison, Sandry (Lucas Braga) e Diego Pituca; Marinho, Kaio Jorge (Mádson) e Soteldo. Técnico: Cuca.

Árbitro: Patricio Loustau (Argentina), auxiliado pelos compatriotas Ezequiel Brailovsky e Diego Bonfa.

Gol: Breno Lopes (Palmeiras.

Cartões amarelos: Gómez Viña Marcos Rocha (Palmeiras); Lucas Veríssimo Diego Pituca Soteldo Alison (Santos).

Cartões vermelhos: Cuca (Santos).

Estádio: Maracanã, no Rio de Janeiro.

Fonte: https://www.uol.com.br/esporte/ultimas-noticias/efe/2021/01/30/palmeiras-marca-nos-acrescimos-vence-santos-e-conquista-a-libertadores.htm