É Natal, para os que creem e para os que não creem.
Tantos são os que dizem crer, mas que fazem péssima imagem de Deus e de quem acreditam ser filho Dele.
Muitos também são os que não creem, frequentemente mais cristãos e justos e que veem em Jesus a imagem do defensor dos excluídos.
Neste Natal brasileiro parece muito pedir apenas bom senso.
Bem se sabe que se costuma dizer que têm bom senso os que pensam como nós. Mas, não!
Porque no Brasil de hoje ter bom senso não requer esforço nem ser criativo.
Basta ser a favor da ciência, do meio-ambiente, ser antirracista, aceitar as pessoas como nasceram, entender que democrata é quem respeita os direitos da minoria, que não há violência maior que a fome, a falta de ter onde morar, de educação, saúde, trabalho e transporte para todos.
Basta ser a favor da vacina e não fazer dela disputa política.
Basta lutar pela inclusão de todos e não achar que a exclusão é inevitável, natural, porque para que alguns tenham a maioria não pode ter.
O grande gol deste Natal brasileiro será o país abrir os olhos e dizer não para o que está aí. Dizer adeus às armas.
Acorda, Brasil!
Quem sabe no ano que vem possamos ter, de fato, um feliz Natal.
Comentário para o Jornal da CBN desta sexta-feira, 25 de dezembro de 2020.
