-
Brasileiro usa robô como amigo de trabalho: ‘Tamagotchi com inteligência’ - 14/04/2024
-
Regras da CNH provisória: limite de pontos, como trocar e uso no app - 14/04/2024
-
Confira quais são os 10 carros que ainda serão lançados em 2024 - 14/04/2024
-
Diferentes verões e diferentes carros - 14/04/2024
-
Qual celular escolher: Galaxy S23 Ultra ou S24 Ultra? - 20/03/2024
-
Qual notebook escolher: básico, para estudar, gamer, 2 em 1 ou topo de linha? - 20/03/2024
-
Sem hélices e silenciosas: novas turbinas eólicas são ‘amigas’ das aves - 20/03/2024
-
Galaxy Fit3: por menos de R$ 500, pulseira da Samsung é quase um smartwatch - 20/03/2024
-
Otimismo marcou balanço da indústria automotiva em fevereiro - 20/03/2024
-
Montadoras chinesas com pé fincado no Brasil - 20/03/2024
Militares dizem que centrão está aumentando preço do aluguel de Bolsonaro
Carla Araújo
Jornalista formada em 2003 pela FIAM, com pós-graduação na Fundação Cásper Líbero e MBA em finanças, começou a carreira repórter de agronegócio e colaborou com revistas segmentadas. Na Agência Estado/Broadcast foi repórter de tempo real por dez anos em São Paulo e também em Brasília, desde 2015. Foi pelo grupo Estado que cobriu o impeachment da presidente Dilma Rousseff. No Valor Econômico, acompanhou como setorista do Palácio do Planalto o fim do governo Michel Temer e a chegada de Jair Bolsonaro à Presidência.
Diversos militares ouvidos pela coluna e que foram surpreendidos pelo anúncio da saída do general Fernando Azevedo e Silva do Ministério da Defesa disseram que o governo está abrindo um precedente perigoso ao abrir de vez a Esplanada dos Ministérios para indicados políticos.
Nas palavras de um militar de alta patente, o “Centrão não vende apoio, ele aluga. E está aumentando o aluguel”.
Mais cedo, os parlamentares já tinham conseguido forçar a saída do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo. No meio da tarde desta segunda-feira, porém, o anúncio da saída de Azevedo veio com a confirmação de auxiliares do presidente de que ele anunciará em breve uma dança das cadeiras.
As mudanças teriam como objetivo atender o apetite do centrão por mais cargos. Nessa dança das cadeiras, é provável que algum dos ministros palacianos seja deslocado para a Defesa: provavelmente o atual ministro da Casa Civil, general Braga Netto.
A ideia é abrir a Secretaria de Governo, hoje sob o comando do general Luiz Eduardo Ramos, para um indicado político. Se a opção for essa, Ramos deve migrar para a Casa Civil.
Os nomes favoritos no Palácio do Planalto para assumir a coordenação política são o do ministro das Comunicações, deputado federal Fábio Faria (PSD-RN), e do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR).
Sequela Pazuello
Um general ouvido pela coluna disse que uma das razões para a saída de Azevedo e Silva seria uma sequela do desgaste envolvendo o também demitido ex-ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello.
Além de ajudar na indicação de Pazuello para a pasta da Saúde, Azevedo agiu nos bastidores para segurar o ministro.
Saída foi selada em rápida conversa
Pessoas próximas do general Fernando disseram que Bolsonaro disse na conversa com o ministro que precisaria do seu cargo para “fazer ajustes na Esplanada”. A conversa foi rápida e o general não titubeou, atendeu a ordem de entregar seu espaço no governo.
A alguns amigos, o general disse que não irá sair “atirando” e que nem deve fazer críticas públicas ao governo.
Militares ouvidos pela coluna lamentaram a saída do general Fernando e lembraram que ele conseguiu enfrentar diversos momentos de turbulência mantendo a harmonia entre as instituições.
Fernando Azevedo e Silva, que trabalhou como assessor do ministro do STF, Dias Toffoli, era sempre chamado para intermediar conversas com a cúpula dos outros poderes e apontado como um bom apaziguador.
Fonte: https://economia.uol.com.br/colunas/carla-araujo/2021/03/29/militares-dizem-que-centrao-esta-aumentando-preco-do-aluguel-de-bolsonaro.htm