Mais uma aérea aposenta o Boeing 747; apenas 7 ainda voam com o Jumbo

Vinícius Casagrande

Colaboração para o UOL, em São Paulo

20/12/2020 04h00

O Boeing 747 está cada dia mais raro na frota das companhias aéreas pelo mundo. Na última semana, a British Airways aposentou seu último avião do modelo. Agora, restam apenas sete companhias aéreas que ainda operam o Jumbo em rotas regulares de passageiros.

O modelo vem sofrendo um processo de aposentadoria ao redor do mundo nos últimos anos, e a pandemia do novo coronavírus acelerou essa tendência. Com a baixa demanda mundial e a necessidade de reduzir custos, o 747 foi uma das principais vítimas. Muitas companhias anteciparam a aposentadoria do modelo. Outras ainda não descartam voltar a voar com o Jumbo, mas sem uma data precisa.

Das sete empresas que ainda voam com o Boeing 747, cinco delas estão operando com apenas uma unidade do modelo. Mesmo nas outras duas, a frota em atividade do Jumbo não chega a uma dezena. A Air China opera atualmente com nove aviões voltados a transporte de passageiros. A Lufthansa tem uma frota de 26 aviões do modelo, mas apenas oito estão em atividade no momento.

Veja as empresas que operam o avião e o número de aparelhos:

  • Air China: 9 unidades em atividade

  • Lufthansa (Alemanha): 8

  • Air India: 1

  • Asiana Airlines (Coreia do Sul): 1

  • Mahan Air (Irã): 1

  • Iraqi Airways: 1

  • Wamos Air (Espanha): 1

Um dos poucos lugares que ainda recebem o Boeing 747 com regularidade é o Brasil. A Lufthansa continua operando o Jumbo nas rotas entre Frankfurt (Alemanha) e o aeroporto de Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo.

Apesar da aposentadoria no transporte de passageiros, ainda há mais de 350 Boeings 747 voando pelo mundo em outras funções. A grande maioria é de aviões cargueiros, Em mais de 50 anos de história, já foram produzidas mais de 1.500 unidades do Boeing 747.

Fim da produção em 2022

O Boeing 747 deverá ter sua produção encerrada em 2022. O anúncio foi feito no final de julho pela Boeing. Em carta aberta enviada aos funcionários, a empresa norte-americana afirmou que a decisão foi tomada com base na “dinâmica e nas perspectivas do mercado atual”.

Fonte: https://economia.uol.com.br/todos-a-bordo/2020/12/20/boeing-747-companhias-aereas.htm