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Governo decide comprar CoronaVac e finaliza carta de intenção ao Butantan
Carla Araújo
Jornalista formada em 2003 pela FIAM, com pós-graduação na Fundação Cásper Líbero e MBA em finanças, começou a carreira repórter de agronegócio e colaborou com revistas segmentadas. Na Agência Estado/Broadcast foi repórter de tempo real por dez anos em São Paulo e também em Brasília, desde 2015. Foi pelo grupo Estado que cobriu o impeachment da presidente Dilma Rousseff. No Valor Econômico, acompanhou como setorista do Palácio do Planalto o fim do governo Michel Temer e a chegada de Jair Bolsonaro à Presidência.
O Ministério da Saúde, comandado pelo general Eduardo Pazuello, está em fase de acertos finais com o Instituto Butantan para a compra de 46 milhões de doses da CoronaVac, vacina desenvolvida em parceria com o laboratório chinês Sinovac.
Segundo fontes da pasta, ainda nesta semana deve ser assinado um memorando de intenções. Para a compra ser de fato efetuada, afirmam, faltam apenas detalhes técnicos.
Auxiliares do governo federal salientaram que todas as vacinas que tiverem o memorando de intenção, “depois de registradas, serão compradas pelo governo”. “Essa é a decisão”, disse um técnico ligado à pasta.
O Instituto Butantan é vinculado ao governo do Estado de São Paulo e a CoronaVac já motivou discussões entre o governador desautorização pública de Bolsonaro a Pazuello.
Agora, afirmam ministros, o presidente quer tentar arrefecer a guerra em torno das vacinas.
Nesta quarta-feira (16), no anúncio do plano de vacinação contra a covid-19, que ainda não possui um cronograma de fato, Bolsonaro mudou o tom e pediu “união”.
No plano, o Ministério da Saúde diz estimar que os grupos de maior risco e de maior exposição estariam vacinados ainda no primeiro semestre de 2021.
Butantan já enviou proposta
Quatro imunizantes contra a covid-19 estão em teste no Brasil, mas nenhum deles tem registro da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
O Butantan ainda não divulgou os resultados da terceira e última fase de testagem —que inclui a taxa de eficácia, por exemplo. O governo paulista disse que vai enviar esses dados à Anvisa em 23 de dezembro.
Mesmo sem a aprovação da agência, o Butantan informou já ter enviado ao Ministério da Saúde uma proposta para fornecer doses da CoronaVac a partir de janeiro de 2021.
Fonte: https://economia.uol.com.br/colunas/carla-araujo/2020/12/16/governo-ja-sinaliza-intencao-de-comprar-as-46-milhoes-de-doses-da-coronavac.htm