Mauro Cezar Pereira nasceu em Niterói (RJ) e é jornalista desde 1983, com passagens por vários veículos, como as Rádios Tupi e Sistema Globo. Escreveu em diários como O Globo, O Dia, Jornal dos Sports, Jornal do Brasil e Valor Econômico; além de Placar e Forbes, entre outras revistas. Na internet, foi editor da TV Terra (portal Terra), Portal AJato e do site do programa Auto Esporte, da TV Globo. Trabalhou nas áreas de economia e automóveis, entre outras, mas foi ao segmento de esportes que dedicou a maior parte da carreira. Lecionou em faculdades de Jornalismo e Rádio e TV. Colunista de O Estado de S. Paulo e da Gazeta do Povo, desde 2004 é comentarista dos canais ESPN.
20/12/2020 20h21
A virada do Flamengo sobre o Bahia, vencendo por 4 a 3 depois de ficar com um homem a menos aos 9 minutos de partida, entrará para a história do clube. Um jogo de arbitragem polêmica, erros defensivos graves da defesa rubro-negra, poder de reação incrível do time baiano e um desfecho absolutamente incrível.
A expulsão de Gabigol no início do primeiro tempo mudou os rumos da partida. Àquela altura o Flamengo já tinha feito 1 a 0 em belo gol de Bruno Henrique, finalizando jogada que nasceu de uma antecipação do jovem João Gomes, substituto de Willian Arão e Thiago Maia, lesionados. E o próprio camisa 9 quase ampliou chutando rente à trave na jogada que antecedeu à do cartão vermelho.
O árbitro paulista Flavio Rodrigues de Souza tirou Gabriel Barbosa da partida após o jogador errar um passe e reagir com palavras. Ao que tudo indica o apitador entendeu que foi por ele ofendido. O atleta reagiu inconformado e levou perto de cinco minutos para deixar o gramado. Se realmente o xingou, o cartão faz sentido. Embora, convenhamos, pode ter sido uma reação após uma falha dele mesmo, difícil dizer sem testemunhar de perto.
Fato é que o Flamengo ainda assim teve 50% de posse da bola nos primeiros 45 minutos, finalizou tanto quanto o Bahia (oito vezes) e acertou mais o alvo (3 a 2), segundo as estatísticas do SofaScore. Isla ampliou em assistência de Bruno Henrique, que ainda teve ótima chance após jogada de Arrascaeta, mas chutou rente à trave. Seria seu segundo gol no cotejo e o 19º no ano. Ele soma nove assistência em 2020, em 41 aparições, pelos números da WSC.
Preparado para atuar fechado, o Bahia de Mano Menezes sentiu a responsabilidade de ter que assumir o controle da partida e ter a bola nos pés por mais tempo a partir do momento em que passou a ter um homem a mais na cancha. O tricolor teve boas chances, com Nino Paraíba e Ramírez, por exemplo, mas não soube aproveitar a superioridade numérica desde os nove minutos de partida.
O Bahia virou o placar rapidamente com Ramírez e Gilberto duas vezes. O Flamengo estava dominado e seus erros defensivos foram determinantes, diante da luta de uma equipe tricolor mais organizada por Mano após o intervalo.
Virou para 3 a 2 e o Flamengo conseguiu revirar o placar (4 a 3) com gols de Pedro e Vitinho, com passe do centroavante para o tento da vitória. Dois atletas que Rogério Ceni tirou do banco. Uma vitória que pode dar mais fôlego ao atual campeão na luta por mais um título brasileiro.
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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL
Fonte: https://www.uol.com.br/esporte/futebol/colunas/mauro-cezar-pereira/2020/12/20/fla-faz-historia-ao-jogar-com-10-homens-desde-os-9-minutos-e-vencer-o-bahia.htm
