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Falta transparência sobre o tratamento do ministro Pazuello contra Covid-19
Carla Araújo
Jornalista formada em 2003 pela FIAM, com pós-graduação na Fundação Cásper Líbero e MBA em finanças, começou a carreira repórter de agronegócio e colaborou com revistas segmentadas. Na Agência Estado/Broadcast foi repórter de tempo real por dez anos em São Paulo e também em Brasília, desde 2015. Foi pelo grupo Estado que cobriu o impeachment da presidente Dilma Rousseff. No Valor Econômico, acompanhou como setorista do Palácio do Planalto o fim do governo Michel Temer e a chegada de Jair Bolsonaro à Presidência.
Terceiro ministro da Saúde a comandar o enfrentamento da pandemia do coronavírus, o general Eduardo Pazuello adotou reserva para abordar a evolução de seu tratamento contra a doença. O diagnóstico do ministro foi confirmado no dia 21 de outubro. De lá para cá, foram divulgadas notas que pouco esclarecem o quadro clínico dele. Não há, até o momento, nenhum documento público com a assinatura de médicos que estão ou já atenderam Pazuello.
Os textos apenas fazem questão de reforçar que o militar está bem e deve deixar o hospital em breve. Foi admitida uma desidratação. Mas, não se sabe, de fato, quais reais sintomas o ministro tem.
Se tem problemas respiratórios. Se o paladar e olfato foram comprometidos. Dor de cabeça. Sintomas comuns em parte das pessoas que testaram positivo.
O ministro é hipertenso e obeso, duas características que podem acarretar em complicações por conta da covid.
É direito de qualquer paciente o sigilo de seu estado de saúde, mas quando falamos de uma autoridade, de um ministro de estado, do ministro da Saúde, em plena pandemia, o interesse público e a transparência devem prevalecer, ainda mais quando se trata do gestor que é responsável por fixar as diretrizes e políticas para o combate ao coronavírus.
Ao longo do feriado, uma série de informações não se confirmaram – como a previsão de alta – e acabaram criando um ambiente de dúvidas. Ontem (1), depois de deixar o hospital privado em Brasília, Pazuello seguiu para o Hospital das Forças Armadas (HFA) e passaria mais uma noite por lá “apenas como medida preventiva”. “Pazuello está bem e estável e deverá permanecer em repouso até amanhã”, dizia a nota enviada pela assessoria da Saúde.
Generais ouvidos pela coluna minimizaram a internação no HFA e disseram que “protocolos militares” exigiam que o ministro tivesse o acompanhamento dos médicos que estavam cuidando dele desde o início da doença. Todos garantiram que o ministro “está passando bem. Sem complicações”.
Hoje (2), no entanto, não houve a alta. “O ministro já não apresenta quadro de desidratação e não houve nenhuma nova intercorrência. Pazuello está bem e disposto, mas continuará sendo monitorado pela equipe médica”.
Pazuello ainda é militar da ativa. Está sob os cuidados de uma instituição militar. Os protocolos militares, que buscam sempre manter a credibilidade, não estão sendo transparentes e deixam a desejar no caso da doença do ministro.
Fonte: https://economia.uol.com.br/colunas/carla-araujo/2020/11/02/ministro-pazuello-saude-coronavirus-internacao-hfa-falta-transparencia.htm