Estudo indica menor eficácia de vacinas contra algumas variantes do vírus

11/02/2021 00h17

Redação Central, 10 fev (EFE).- As vacinas desenvolvidas por Moderna e Pfizer/BioNTech são “levemente menos eficazes” contra algumas das variantes do coronavírus Sars-CoV-2, mais especificamente as inicialmente identificadas em Reino Unido e África do Sul, motivo pelo qual pode ser necessário atualizá-las periodicamente para evitar uma possível perda de eficácia.

Esta é uma das principais conclusões de um estudo divulgado na revista “Nature” e liderado por pesquisadores da Universidade Rockefeller, em Nova York, nos Estados Unidos.

Segundo os experimentos realizados a partir de amostras de 20 indivíduos, a atividade neutralizadora dessas vacinas de RNA mensageiro é reduzida por uma pequena margem contra as variantes do coronavírus que compartilham a mutação N501Y (prevalente em Reino Unido e África do Sul) e a que tem a E484K (mutação presente na variante sul-africana, entre outras).

Para chegar a essas conclusões, Michel Nussenzweig e os companheiros de estudo coletaram amostras de sangue de 20 indivíduos que tinham recebido as duas doses da vacina da Moderna (14) ou do imunizante de Pfizer e BioNTech (seis pessoas).

Os autores constataram primeiro que ambas levavam à produção de anticorpos neutralizantes e observaram que os indivíduos imunizados com qualquer uma das duas vacinas produziam anticorpos estreitamente relacionados e quase idênticos.

Depois, para determinar se o medicamento funcionava contra as variantes, os pesquisadores testaram as amostras dos 20 indivíduos contra vírus que tinham sido modificados para experssar uma das dez mutações da proteína S do Sars-CoV-2, a proteína que o vírus usa para entrar na célula.

Estas incluíam as mutações N501Y, E484K e K417N, uma combinação das três. A equipe constatou que a atividade neutralizadora contra essas variantes se reduzia entre uma e três vezes.

“A atividade contra essas variantes caiu em uma pequena margem, mas significativa”, então pode ser necessário atualizar as vacinas e monitorar a imunidade para compensar a evolução do vírus, concluem os autores.

Fonte: https://www.uol.com.br/tilt/noticias/efe/2021/02/11/estudo-indica-menor-eficacia-de-vacinas-contra-algumas-variantes-do-virus.htm