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Ceni não mantém palavra, abandona Fortaleza e se torna apenas um a mais
Menon
Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.
Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.
Rogério Ceni trocou o Fortaleza pelo Flamengo.
Óbvio. Não há comparação entre os dois clubes. Ceni fica próximo de títulos e da seleção.
Rogério não esperou pelo São Paulo.
Óbvio. Nem sabe quem será o próximo presidente e sabe das dificuldades do elenco tricolor.
Então, ele fez bem em trocar?
Sim. E não sou eu que devo dizer os seus passos profissionais. Não sou coach.
O problema é a palavra.
Palavra dada ao Fortaleza, que o acolheu após a desastrada saída para o Cruzeiro.
Rogério disse ao Fortaleza e aos jornalistas que ficaria até o final do contrato.
Deu palavra.
E jogou a palavra no lixo.
Muitos colegas defendem um ano de contrato para treinador. Consideram demissão de treinador um ato antifutebol.
Rogério Ceni, ao abandonar o Fortaleza a quem jurou união até o final do contrato, tira razão de quem defende os treinadores.
É um a mais.
Fonte: https://www.uol.com.br/esporte/futebol/colunas/menon/2020/11/09/ceni.htm