Ceni não mantém palavra, abandona Fortaleza e se torna apenas um a mais

Menon

Meu nome é Luis Augusto Símon e ganhei o apelido de Menon, ainda no antigo ginásio, em Aguaí. Sou engenheiro que nunca buscou o diploma e jornalista tardio. Também sou a prova viva que futebol não se aprende na escola, pois joguei diariamente, dos cinco aos 15 anos e nunca fui o penúltimo a ser escolhido no par ou ímpar.
Aqui, no UOL, vou dar seguimento a uma carreira que se iniciou em 1988. com passagens pelo Trivela, Agora, Jornal da Tarde entre outros.

09/11/2020 23h36

Rogério Ceni trocou o Fortaleza pelo Flamengo.

Óbvio. Não há comparação entre os dois clubes. Ceni fica próximo de títulos e da seleção.

Rogério não esperou pelo São Paulo.

Óbvio. Nem sabe quem será o próximo presidente e sabe das dificuldades do elenco tricolor.

Então, ele fez bem em trocar?

Sim. E não sou eu que devo dizer os seus passos profissionais. Não sou coach.

O problema é a palavra.

Palavra dada ao Fortaleza, que o acolheu após a desastrada saída para o Cruzeiro.

Rogério disse ao Fortaleza e aos jornalistas que ficaria até o final do contrato.

Deu palavra.

E jogou a palavra no lixo.

Muitos colegas defendem um ano de contrato para treinador. Consideram demissão de treinador um ato antifutebol.

Rogério Ceni, ao abandonar o Fortaleza a quem jurou união até o final do contrato, tira razão de quem defende os treinadores.

É um a mais.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Fonte: https://www.uol.com.br/esporte/futebol/colunas/menon/2020/11/09/ceni.htm