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Carro zero-quilômetro ou usado: qual é mais vantajoso?
Olha aí, pessoal; toda semana nós temos o Boris Responde, onde eu procuro responder inúmeras perguntas do pessoal, de quem nos acessa por YouTube, Instagram, Facebook e no próprio portal. No YouTube não se esqueça, hein, de assinar e cutucar o sininho! Mas agora é o Boris responde especial, porque eu vou responder a dezenas de perguntas que eu recebo, todas praticamente com o mesmo tema: vale a pena ou não comprar um carro zero-quilômetro?
Essa é uma dúvida que aflige, e com razão, a cabeça de muita gente. Então, existem vantagens e desvantagens. Vamos começar pelas vantagens de se comprar um carro zero. Começa por aquilo que a gente chama de ‘valor intangível’. Sabe o que é? Não tem preço que pague aquele ‘cheirinho de carro novo’, é assim que o pessoal chama. Aquele cheirinho quando você abre a porta, e o carro acabou de sair da fábrica ou da concessionária.
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Então você leva um carro para casa sabendo que você foi o primeiro a utilizá-lo, ninguém aprontou nada antes. Digamos: o carro é ‘virgem’. Então, isso tem um valor, “eu quero ser o primeiro a usar esse carro”. Se pra outras coisas, isso não é lá tão importante, para automóvel, tem muita gente que pensa assim. E até, quer saber, com certa razão.
Em segundo lugar, se você compra um carro zero, você tem o direito de escolher exatamente como ele quer. A cor, o tipo de pintura, o estofamento – se é de couro, ou tecido -, ou se é misto; a roda pode ser de aço, pode ser de liga, mas de liga tem diversos desenhos, diversos tamanhos. O som; o que você quer no som de um carro?
E mais tantas coisas que você pode se dar ao luxo de decidir quando você está comprando carro zero, e nem sempre ao comprar um usado; que às vezes o carro que você gostou, que é bom, não é exatamente daquele jeito que você queria.
Além, disso, comprando um carro zero, você tem grandes chances de não precisar de dormir sujeito a chuvas e trovoadas. Até pesadelos, sei lá o que pode vir daqui pela frente se você comprou um carro usado. E mais: há quem diga a melhor marca de carro, qual é? O zero quilômetro. Porque ele está novinho, não vai te exigir manutenção fora ou dentro da garantia, os problemas vão ser pequenos.
E se tiverem, serão de pequena monta. Quer saber? Cá pra nós, e ninguém admite, não, mas levar pra casa um carro zero quilômetro é um sucesso, né? Amigos, vizinhos, família, vai todo mundo olhar. “Pô, o cara está bem, está se saindo muito bem na vida, na profissão”. É uma verdade: carro zero significa status.
E, finalmente, modernidade. Se você está comprando um carro zero, você, provavelmente está levando para a garagem um carro que tem a última palavra em segurança, em conforto, em todas as tecnologias; em toda a eletrônica, que vai te permitir mais conectividade, mais conforto, menos consumo, mais segurança. Tudo isso vem embutido no carro zero quilômetro. Aí como eu disse: não são só vantagens.
Existem algumas desvantagens em se comprar o carro ‘novinho em folha’. A primeira delas é o custo dessa brincadeira. Porque você não consegue pechinchar muito um carro lá no showroom da concessionária como um carro usado na loja, ou até diretamente com o dono. Dá para abaixar o preço, pede daqui, faz dali, faz um conchavo, uma pechincha e vai.
No caso do carro zero, é muito difícil; só mesmo em condições ou em momentos especiais. Quando o carro está mudando de ano, quando está chegando uma nova geração, quando a fábrica ou a concessionária resolve fazer uma promoção especial para liquidar com o estoque. São esses momentos que você pode aproveitar pra conseguir um desconto no carro zero. A não ser nessas situações, é complicado.
O custo do carro zero se manifesta no seu bolso, principalmente quando você o tira do showroom. Você andou 50 metros? E você vai perder, o carro vai desvalorizar o mesmo de dois anos de uso. Porque tirou – pode fazer a conta – em média, 15% a 20% de desvalorização no mercado do usado. Você não andou nada: tirou da concessionária, perdeu!
Depois desses dois anos, o carro continua se desvalorizando no mercado de usados, mas menos: 5% a 10% ao ano; mas na hora que tira, aí o golpe é grande!
Outra coisa: recall. O carro novo está muito mais sujeito a ter que ser levado para a concessionária para fazer uma operação. É gratuita, mas te enche o saco, vai perder tempo, vai ter que levar o carro lá para trocar uma peça, um componente por um erro de projeto, de manufatura; e esses problemas acontecem sempre quando o carro ainda está novo, raramente quando ele já está alguns anos rodado.
Outro ‘probleminha’ são os despesas que você vai ter, sempre maiores. O IPVA de um carro zero, o seguro de um carro zero, eles custam mais. E você vai ter que entrar com cheques mais polpudos para pagar isso tudo. Quer saber? Até flanelinha da esquina, quando vê um carro zero, já resolve cobrar um pouquinho mais para tomar conta dele, é ou não é?
Outra coisa é a revisão obrigatória, que você vai ter que fazer num carro zero. Você tem garantia, garantia é grande vantagem. Porém, tem a desvantagem de você ter que levá-lo para fazer as tais revisões obrigatórias, senão você perde a garantia.
E aí, prepare-se: porque os consultores técnicos das oficinas, das concessionárias, estão parados para te empurrar, a famosa “empurroterapia”. Uma extensa lista de itens totalmente desnecessários para você, dono do carro, pagar e eles, consultores, receberem comissões maior sobre o faturamento aplicado no seu bolso; muitas vezes, indevidamente!
Foto: Shutterstock
Fonte: https://autopapo.uol.com.br/noticia/carro-zero-quilometro-ou-usado/
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