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Bolsonaro tem problemas com o Renda Brasil que segue sem solução
Carla Araújo
Jornalista formada em 2003 pela FIAM, com pós-graduação na Fundação Cásper Líbero e MBA em finanças, começou a carreira repórter de agronegócio e colaborou com revistas segmentadas. Na Agência Estado/Broadcast foi repórter de tempo real por dez anos em São Paulo e também em Brasília, desde 2015. Foi pelo grupo Estado que cobriu o impeachment da presidente Dilma Rousseff. No Valor Econômico, acompanhou como setorista do Palácio do Planalto o fim do governo Michel Temer e a chegada de Jair Bolsonaro à Presidência.
O ministro da Economia, auxílio emergencial será prorrogado caso o Brasil sofra uma “segunda onda” de Covid. Uma das várias perguntas a serem respondidas é qual o critério para definir essa segunda onda.
Quem vai decretar que estaremos com os casos em alta? O Ministério da Saúde? As secretarias estaduais de saúde? Os prefeitos? Os governadores? O presidente Jair Bolsonaro? O Congresso? Se não houver acordo, o Supremo? E a partir de que ponto será considerada uma segunda onda? Quando um terço (ou metade?) dos estados estiverem com casos em alta de mais de 10% (ou 20%, ou 30%, ou 50%) por mais de uma semana (ou duas, ou três)?
Não são perguntas triviais. Na reta final do ano, sobram dúvidas e incertezas em um país que ainda sofre com as consequências de uma pandemia, vê sua dívida pública escalar e está tomado por disputas políticas graças, sobretudo, ao enfraquecimento moral do presidente da República.
Bolsonaro, que, pela própria natureza do cargo de presidente, deveria ser o líder que reúne consenso em um momento de extrema complexidade, tem presenteado os brasileiros com mais crises, provocações e brincadeiras que não recebem mais apoio nem entre seus pares. Desautoriza generais e briga publicamente com governadores, faz guerra contra o desenvolvimento de uma vacina e gasta tempo precioso com discursos nonsense que transformam as Forças Armadas em piada.
Bolsonaro tem problemas com o Renda Brasil. Já ameaçou com um cartão vermelho a equipe de Paulo Guedes e mandou enterrar o programa e passou a responsabilidade ao Congresso. O cardápio de alternativas foi apresentado e vetado pelo presidente. O próprio Bolsonaro diz que pior que uma decisão errada é uma indecisão. Nesse caso, onde estão as decisões?
É matemática
Tudo poderia ficar como está não fosse o fato de o país estar no vermelho, com uma dívida pública cada vez mais cara, com prazo mais curto para pagamento e com um caixa com cada vez menos fôlego para os vencimentos.
Portanto, simplesmente empurrar com a barriga um programa emergencial do tamanho daquele elaborado durante a escalada do coronavírus sem nenhum tipo de contrapartida empurraria o país para um caminho perigoso, com a dívida crescendo acima do já significativo patamar de 96% do PIB a ser registrado ao fim de 2020 (em 2019, eram 75%).
O descaso com o tratamento da dívida pública já foi experimentado por nações como Argentina e Venezuela. Queremos arriscar ir por esse caminho? Ou será que nossas lideranças poderiam chegar logo a um consenso sobre como financiar os gastos com mais vulneráveis?
O estado de calamidade decretado por conta da pandemia autorizou a “PEC da Guerra” e liberou todos os gastos. Ele acaba no dia 31 de dezembro.
Agenda eleitoral
O responsável pela elaboração do relatório do Orçamento de 2021, senador Marcio Bittar (MDB), está em campanha no Acre, seu estado. Questionado se estaria também acompanhando o debate em torno do fim do auxílio emergencial, prometeu voltar para Brasília na segunda-feira para tratar do assunto.
“Eu não vejo como o Brasil fechar os olhos para esses milhões de brasileiros”, disse o senador à coluna, enumerando que cerca de 7 milhões deles “não têm o que comer a partir de janeiro se nós não criarmos o Renda Brasil”.
O senador usou hoje as redes sociais para dizer que estava trabalhando. Com um jatinho particular, disse que estava em “dias intensos de campanha”.
Dias intensos de campanha no meu estado. Estamos percorrendo os municípios, e hoje é dia de Tarauacá.pic.twitter.com/jwQr35RDqc
— Senador Marcio Bittar (@marciombittar) November 12, 2020
Fonte: https://economia.uol.com.br/colunas/carla-araujo/2020/11/12/renda-brasil-bolsonaro-guedes-bittar-orcamento.htm