-
Em nota, Bundesliga se posiciona contra a Superliga Europeia: ‘O futuro do futebol está em jogo’ - 3 hours ago
-
Onde o Palmeiras erra no Paulistinha - 3 hours ago
-
VÍDEO: Mancuello, do Vélez, marca belo gol de falta antes de reencontrar o Flamengo pela Libertadores; veja - 3 hours ago
-
ONU pede que 2021 seja voltado para o combate às mudanças climáticas - 3 hours ago
-
Bolívia ganha 1º hospital digital, que buscará democratizar acesso à saúde - 3 hours ago
-
Startup de automação UiPath eleva faixa estimativa de preço para IPO - 3 hours ago
-
F-150 lidera, mas Toyota supera Ford nos EUA no 1º trimestre - 3 hours ago
-
China lança clone elétrico do Fusca; o Besouro virou Gato Punk! - 3 hours ago
-
Novo BMW 430i Cabrio M Sport chega ao Brasil por R$ 460.950 - 3 hours ago
-
Congresso e governo negociam emenda para tirar gasto com BEm e Pronampe de meta - 3 hours ago
Bolsonaro cede a pressão e impõe mais uma derrota para equipe de Guedes
Carla Araújo
Jornalista formada em 2003 pela FIAM, com pós-graduação na Fundação Cásper Líbero e MBA em finanças, começou a carreira repórter de agronegócio e colaborou com revistas segmentadas. Na Agência Estado/Broadcast foi repórter de tempo real por dez anos em São Paulo e também em Brasília, desde 2015. Foi pelo grupo Estado que cobriu o impeachment da presidente Dilma Rousseff. No Valor Econômico, acompanhou como setorista do Palácio do Planalto o fim do governo Michel Temer e a chegada de Jair Bolsonaro à Presidência.
A decisão de o presidente Paulo Guedes, que vinha trabalhando há pelo menos um ano no tema.
No Palácio do Planalto, a informação para a revogação foi a “má interpretação da medida”. Nos bastidores, porém, a equipe de Guedes – sobretudo os responsáveis pelo Programa de Parcerias e Investimentos (PPI) – continuam defendendo o projeto.
Eles argumentam que a palavra “privatização” tem um peso negativo muito forte, mas que seria preciso investir na comunicação para tentar explicar melhor o que o governo pretendia.
“A simples leitura do Decreto em momento algum sinalizava para a privatização do SUS. Em havendo entendimento futuro dos benefícios propostos pelo Decreto o mesmo poderá ser reeditado”, escreveu Bolsonaro nas redes sociais
Segundo fontes, porém, a ordem para buscar alternativas para um novo decreto ainda não foi dada.
A qualificação da resolução do PPI que trata do assunto foi feita em dezembro de 2019, ainda na gestão de Luiz Henrique Mandetta. Desde então, a equipe comandada por Guedes começou a desenhar o decreto em conjunto com o Ministério da Saúde.
O argumento de fontes da economia é que a medida poderia reduzir os custos para os entes federativos – estados e municípios – e retomar obras paralisadas de pelo menos 2 mil unidades de saúde.
Fora do timing
Depois da repercussão negativa, as equipes de Guedes e do Ministério da Saúde passaram o dia tentando modificar a interpretação do texto e divulgaram uma nota pública um pouco antes do anúncio de Bolsonaro, que defendia a medida.
“A decisão de incluir Unidades Básicas de Saúde (UBS) no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) foi tomada após o pedido do Ministério da Saúde com apoio do Ministério da Economia. A avaliação conjunta é que é preciso incentivar a participação da iniciativa privada no sistema para elevar a qualidade do serviço prestado ao cidadão, racionalizar custos, introduzir mecanismos de remuneração por desempenho, novos critérios de escala e redes integradas de atenção à saúde em um novo modelo de atendimento”, defendeu a nota assinada pela Economia.
Um auxiliar do governo ouvido pela coluna salientou que faz parte da personalidade de Bolsonaro tomar as decisões de forma impulsiva, mesmo que desautorize ou deixe seus ministros contrariados.
Como disse Pazuello, no governo Bolsonaro, “um manda e outro obedece”.
Fonte: https://economia.uol.com.br/colunas/carla-araujo/2020/10/28/sus-pressao-bolsonaro-revoga-decreto-derrota-guedes-ppi.htm