-
Destaque no MKF Karviná, Eduardo comenta sobre o bom momento pessoal na temporada - 2 hours ago
-
Dirigente do Flamengo mantém confiança em fim de polêmica com Arrascaeta - 2 hours ago
-
Justiça renova acordo por salários em dia no Botafogo - 2 hours ago
-
Quando mudar periodicamente suas senhas pode te deixar mais vulnerável a hackers - 2 hours ago
-
Washington quer ‘fatos’ na cúpula climática de Biden - 2 hours ago
-
Facebook fará mudanças em publicidade após próxima atualização do iOS da Apple - 2 hours ago
-
World Car Awards 2021: VW ID.4 é eleito o melhor carro do mundo - 2 hours ago
-
Cadillac Lyriq: elétrico de luxo é revelado na versão de produção - 2 hours ago
-
Novo VW Polo 2022 sobe de nível com design inspirado no Golf - 2 hours ago
-
Acordo que destrava Orçamento abre brecha para ‘pedalada’ de fim de ano - 2 hours ago
BLOG: Vitória e responsabilidade
Saudações pugilísticas.
Incontestável a vitória de Rose Volante sobre a panamenha Lourdes Borbua Perea por nocaute técnico no 6º round. Duas quedas, aplicadas nos 4º e 5º rounds, além do domínio nos três assaltos anteriores. Iniciativa, disciplina e força de vontade observadas na brasileira e postura completamente diferente da boxeadora panamenha.
Compenetrada, Rose preparou-se com afinco e responsabilidade para defender o seu trono WBO dos leves. Focada no objetivo, levou as semanas que antecederam ao combate da única forma que seria possível: com a seriedade que o momento exigia.
Foi possível observar que desde o soar para o início do 1º round, a campeã era a pugilista que subiu no ringue para vencer. Utilizou-se dos dois punhos e das sequências para mostrar à Borbua que apesar do maior peso da adversária com consequente “handicap” no enfrentamento, a panamenha não teria oportunidades. Velocidade e precisão foram outras qualidades de Rose na disputa.
Nestas décadas que milito no pugilismo, vi muita coisa acontecer em eventos de boxe, inclusive problemas nas pesagens ou negligência de boxeadores. Porém, nunca tinha visto tanto descaso de um(a) atleta para a disputa de um título mundial profissional. Além de não se apresentar para a pesagem na hora marcada, a boxeadora panamenha permaneceu conversando despreocupada nos primeiros 20 minutos das duas horas a que tinha direito para perder o excesso de peso.
Quando as duas horas se esgotaram, abriu um lindo sorriso na balança, ciente que tinha ultrapassado em 3,515 kg o limite da categoria leve (61,235 kg), pesando duas categorias de peso acima. Estava pouco se incomodando com a sua imagem ou o evento em si. Sorriso que permaneceu no semblante até receber os primeiros golpes da brasileira.
Rose correu riscos ao boxear contra uma oponente mais pesada. Mas na entrevista que concedeu posteriormente à luta, explicou que não poderia permitir que a falta de comprometimento de Lourdes Borbua decepcionasse as pessoas que foram vê-la, além da oportunidade de disputar um título mundial no Brasil depois de 17 anos decorridos da última vez que isso aconteceu.
É preciso acrescentar todo o esforço e recursos financeiros que o promotor Pepe Altstut despendeu e o empenho da equipe técnica comandada por Felipe Moledas e Antonio Gomes Filho (Tony Boxe).
Mas Rose não tem nada com isso, preparou-se convenientemente como se espera de uma campeã e manteve o título. Agora precisa descansar algumas semanas e curtir o sucesso com a defesa da coroa. Em breve receberá novo desafio pelo título. Mas isso será outra história.
Quanto aos familiares de Lourdes Borbua – seus pais eram os seus técnicos – ficam aqui as “desculpas” de todos os brasileiros por não ter sobrado muito tempo para realizarem os programas turísticos que pretendiam.
Os comentários sobre as preliminares serão postados na coluna nas próximas 48 horas.
Fonte: http://globoesporte.globo.com/sportv/blogs/especial-blog/blog-do-daniel-fucs/post/vitoria-e-responsabilidade.html