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BLOG: Patrick e Taynna levam os cinturões, numa noite de muita emoção em Jundiaí
Saudações Pugilísticas.
O confronto mais esperado da programação realizada no último sábado, no qual Patrick Teixeira (28-1, 22 KP) derrotou por pontos Davi Eliasquevici (14-5-1, 11 KO), conquistando o título latino dos super meio médios, versão WBO, fechou o mais importante espetáculo de boxe realizado no Brasil neste ano, até o momento. Não é sempre que dois brasileiros disputam uma coroa latina e menos ainda quando ambos são catarinenses.
O evento foi promovido pelo Instituto Lino Barros, dirigido pelo ex-boxeador Laudelino Barros. Mas é preciso salientar que esta luta final foi totalmente patrocinada pela IBG/Edu Melo, com os gastos da mesma sendo cobertos pelo empresário.
Teixeira apresentou um boxe mais técnico, enquanto Eliasquevici, como sempre, mostrou muito coração e disposição para virar uma luta em que esteve na maior parte do tempo em desvantagem.
Acredito que a necessidade de perder muito peso nas 30 horas que antecederam a pesagem oficial tenham influenciado negativamente no desempenho de Davi. Ele é muito aguerrido e tentou boxear com essa característica. Ocorre que a maior envergadura e velocidade apresentadas por Patrick Teixeira superaram as melhores qualidades do adversário, fazendo com que conectasse mais golpes em Davi do que aqueles que o atingiram.
Patrick usou a agilidade em desferir golpes quando atacava, assim como os lançava nos contra-ataques. Rapidamente percebeu a forma de atuar de Davi que visivelmente se abria muito quando atacava. Davi é um boxeador que me agradou em combates anteriores, mas me pareceu terminar os rounds da segunda metade da luta mais cansado do que Patrick e não demonstrou o mesmo boxe com que já o vi combater. Foram raros os momentos em que Davi encontrou a distância correta frente a um adversário rápido que tinha uma diferença de envergadura superior a 10 cm. Penso que a preparação física para a disputa, na qual se inclui a necessidade de perder peso na véspera, tenham sido fundamentais.
A queda aplicada por Patrick no 1° round não foi decisiva no andamento da luta, mas as projeções de cabeça por parte de Davi durante os momentos em que atacava, poderiam ter ocasionado um final diferente para o combate. Patrick terminou a luta com alguns cortes no rosto provocados por essas projeções de cabeça. Este fato levou o árbitro Walmir Giolli à marcação de falta e descontar pontos do infrator.
Os juízes pontuaram com 100-89, 98-92 e 99-91, unanimemente para Patrick Teixeira. Minha marcação foi 99-89, igualmente para o vencedor.
Com a vitória, possivelmente Teixeira deverá se classificar no ranking WBO.
Taynna Cardoso W10 Simone Duarte
Na luta mais movimentada da programação, Taynna Cardoso (2-0, 0 KO) conquistou o título brasileiro dos penas, versão CNB, ao derrotar Simone Duarte (15-12, 6 KO) por pontos. Boxeadora experiente e técnica, Simone procurou usar os recursos adquiridos nas quase 30 lutas, muitas no exterior, para pressionar e sobressair-se à adversária. No início da luta, Simone até conseguiu o intento, mas aos poucos foi possível observar que Taynna percebeu o jogo de Simone e bloqueou a maior parte das investidas da oponente. Ao mesmo tempo que impedia Simone, Taynna disparava os golpes.
É possível enxergar talento e inteligência em Taynna Cardoso – além da mão sempre presente do seu pai e treinador, Luisinho Cardoso.
Foram poucas as sequencias desenvolvidas pela agora campeã Taynna. Talvez esse fundamento junto com uma maior movimentação de tronco sejam os pontos nos quais é preciso maior atenção.
Os juízes pontuaram com 99-90, 96-94 e 97-93, esta última igual a minha marcação.
Com a vitória, Taynna Cardoso confirma sua condição de uma das principais boxeadoras brasileiras.
Preliminares
– O veterano Agnaldo Nunes (20-1-1, 9 KO) retornou, após quase 11 anos aposentado, com uma vitória por nocaute no 5° round sobre Lucas de Oliveira da Silva (1-5, 1 KO). Agnaldo sofreu uma queda no 1° round, a qual tive a impressão de ter sido provocada por desequilíbrio.
Foram três as quedas aplicadas por Agnaldo Nunes a partir do 3° round, antes da interrupção da contenda.
Aos 42 anos, foi possível enxergar em Agnaldo alguns momentos do ótimo boxeador que foi nos anos 90 e no início da década seguinte. Mas é preciso cautela quando se pensa em retomar a carreira depois de tanto tempo parado, mesmo pesando o mesmo que apontava na balança quando estava em atividade. Por mais que seja a sua vontade e incentivo.
– Em um combate onde demonstrou técnica e precisão, Jonathan Cardoso (4-0, 4 KO) derrotou Daniel Araujo (0-3-1, 0 KO) por nocaute técnico no 5° round.
Variando golpes com ambas as mãos e alternando ataques na cabeça com a linha de cintura, a supremacia na luta foi quase total, excetuando-se o 1° round, quando Araujo teve momentos de domínio.
Perto de completar 19 anos, Jonathan Cardoso tem talento e fundamentos de boxe. É uma revelação que poderá estourar brevemente.
– Num confronto emocionante que foi decidido no último round, com voltas e reviravoltas, Leandro Prado (1-0, 0 KO) derrotou por pontos Wendel Rafael Santos (2-1-1, 0 KO) após ser derrubado duas vezes no 1° round. Os dois boxeadores se dedicaram ao combate de tal forma que era difícil saber antes do resultado oficial quem seria o vencedor.
A decisão por decisão majoritária para Leandro teve a seguinte pontuação: 37-36, 37-36 e 37-37.
– No combate entre super galos estreantes, Hugo da Silva (1-0, 1 KO) derrotou Tiago Saraiva (0-1) por nocaute no 2° round.
Fonte: http://globoesporte.globo.com/sportv/blogs/especial-blog/blog-do-daniel-fucs/post/patrick-e-taynna-vencem.html